Em alguns lugares, desde a década de 50 acrescentam-se pequenas doses de antibióticos à alimentação de aves, porcos e gado, com o objetivo de diminuir o risco de doenças, em especial entre animais mantidos em confinamento. Em alguns países, acrescentam-se também hormônios à ração a fim de acelerar o crescimento dos animais. Diz-se que os hormônios e os antibióticos protegem os animais contra infecções e tornam a pecuária intensiva mais lucrativa, o que traz benefícios para o consumidor, como preços mais baixos.
Até aí, tudo bem. Mas e a carne dos animais que consomem alimentos com esses aditivos? Será que não apresenta riscos para o consumidor? Um relatório do Comitê Econômico e Social das Comunidades Européias concluiu que existe a possibilidade de bactérias sobreviverem aos antibióticos e serem transmitidas aos consumidores. “Algumas dessas bactérias, como a salmonela e a Campylobacter jejuni, podem causar graves doenças ao homem por meio da cadeia alimentar”, constatou o relatório. Além disso, o que acontece se a cadeia alimentar contiver não só bactérias, mas também resíduos de antibióticos? Alguns temem que, em resultado disso, microorganismos que causam doenças ao homem possam gradativamente desenvolver resistência aos antibióticos.
E a carne de animais tratados com hormônios? Um professor de Munique, Alemanha, o Dr. Heinrich Karg, comenta: “Todos os especialistas concordam que a carne de animais tratados com hormônios não é prejudicial à saúde, desde que as substâncias sejam administradas segundo as normas existentes.” Mas o jornal Die Woche afirma que, “durante os últimos 15 anos, os pesquisadores não conseguiram chegar a um acordo” na questão de se a carne de animais tratados com hormônios é segura. E na França a questão dos hormônios na carne foi respondida de modo bem claro: ‘Não! Não se deve usar hormônios!’ É óbvio que a controvérsia está longe de ser resolvida.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
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