quinta-feira, 29 de abril de 2010

É necessário ter cautela

Se você nunca colheu cogumelos, mas gostaria de tentar, é muito importante começar com uma pesquisa cuidadosa. Descubra quais os tipos de cogumelos comestíveis e venenosos que crescem em sua região. Aprenda a reconhecê-los. Talvez queira também consultar algum especialista, como um micologista. Nunca colha um cogumelo só porque ele é bonito ou tem cheiro bom. Se você não tem plena certeza de que tipo de cogumelo é, não colha! Basta um cogumelo venenoso para estragar toda a comida e torná-la perigosa. Se por acaso sentir enjôo ou dor de cabeça depois de comer um prato feito com cogumelos, consulte um médico imediatamente.
Quer você tente colher cogumelos quer não, sempre pode admirar sua beleza. Isso deve lembrá-lo de que essas criações complexas, importantes e surpreendentes não estão aqui por acaso. Como as outras maravilhas do mundo natural, são evidência de um Criador sábio e amoroso. — Gênesis 1:11-13; Salmo 104:24.

Como preparar cogumelos

Há muitas formas de usar os cogumelos na culinária. Alguns são deliciosos e podem ser uma parte importante da refeição. Por exemplo, muitas pessoas gostam de fritar o “chapéu” do grande portobello como se fosse bife, ou de picar cogumelos comuns e fritá-los rapidamente no óleo bem quente, junto com verduras. Os cogumelos apimentados servem para dar sabor a vários pratos. Se forem suficientemente desidratados pelo calor, os cogumelos também podem ser usados como alimentos dietéticos ou benéficos para a saúde. Algumas variedades são apreciadas por suas proteínas, vitaminas e minerais.
Os cogumelos estragam facilmente, por isso devem ser usados no dia em que forem colhidos. Segundo os especialistas, cogumelos comestíveis que não são bem guardados podem se tornar venenosos. Se você não quiser comer logo os cogumelos, pode secá-los ou esterilizá-los. Assim, poderá usá-los para enriquecer a sua comida durante o ano. Você pode encontrar mais informações em livros sobre colheita de cogumelos.
Um imperador para o almoço
DO REDATOR DE DESPERTAI! EM ZÂMBIA
ALGUMAS pessoas preferem não comer lagartas. Mas muitas outras apreciam degustar essas iguarias sem ossos. Um dos alimentos preferidos em algumas partes da África é a lagarta da mariposa-imperador, Imbrasia belina. Ali, essa criatura é amplamente conhecida como lagarta mopane. Ela recebeu esse nome por causa da árvore que é sua hospedeira favorita, a árvore mopane. Muitas comunidades rurais aguardam com ansiedade a época de colher esse petisco nutritivo. “Elas são uma fonte incrivelmente importante de proteína”, diz Keith Leggett, da Sociedade de Conservação do Kalahari. As lagartas também têm um papel valioso na ecologia das savanas, que muitas vezes são secas e relativamente improdutivas.
No início de novembro, quando as chuvas de verão começam a se espalhar pelo sul da África, a terra renasce. Milhões de pupas auto-suficientes que estavam debaixo do solo são agora lindas mariposas. Em questão de semanas, sua descendência passará de pequenos ovos a larvas e depois a coloridas “salsichas” rechonchudas.
Nas áreas em que predominam a lavoura de produtos tais como a mandioca e o milho, as lagartas são um suplemento bem-vindo à dieta das pessoas. Apesar de não estarem no topo do cardápio para muitos de nós, o fato de serem compostas de mais de 60% de proteína faz delas um valioso bem de consumo, especialmente em lugares onde as proteínas de qualidade são caras ou escassas. Uma porção de lagartas comestíveis equivale a uma porção de carne ou peixe, suprindo cerca de três quartos das proteínas, vitaminas e minerais que um adulto precisa diariamente. De fato, essas pequenas criaturas são muito nutritivas.
Os consumidores de lagartas com certeza ficam perplexos com a dispendiosa guerra química que fazendeiros em muitos lugares travam contra esses insetos ricos em nutrientes. Ao passo que milhões dessas criaturas comem, elas transformam folhas que costumam ser desagradáveis ao paladar, e até às vezes tóxicas, em alimento valioso. Tudo isso sem o uso de caros equipamentos para agricultura e sem despesas com veterinários. Colhidas à mão, as lagartas fornecem uma safra altamente eficiente com o mínimo de esforço.
As lagartas mopane contribuem muito para a fertilidade e o equilíbrio ecológico das savanas. Embora o tamanho e o grande apetite do elefante africano sejam impressionantes, seu desempenho digestivo é muito inferior ao da humilde lagarta mopane. Em sua curta existência de seis semanas, uma multidão de lagartas devoram cerca de dez vezes mais vegetação e produzem quase quatro vezes mais esterco do que os elefantes que ocupam a mesma área de pastagem. Não é de admirar que a massa corporal da lagarta aumente 4 mil vezes, um número estonteante! Assim, também não é de admirar que a colheita incontrolada delas afete a fertilidade do solo e o equilíbrio ecológico da terra.
Como essas lagartas são colhidas? A cada estação chuvosa as mulheres das zonas rurais se reúnem para a primeira de duas colheitas anuais das lagartas mopane. Durante várias semanas, elas apanham as lagartas, que depois são limpas, fervidas e colocadas para secar. No entanto, colher e preparar alguns outros tipos de lagartas comestíveis requer cuidados especiais. Pêlos ou espinhos que protegem o corpo de algumas variedades de lagartas têm de ser retirados. Também é preciso cuidado na hora da preparação porque algumas lagartas se alimentam de plantas que são tóxicas para os humanos. Depois de processadas, as lagartas desidratadas podem ser comidas como um petisco crocante, apesar de geralmente serem reidratadas e cozidas num ensopado ou fritas com tomate e cebola.
A idéia de comer lagartas talvez seja para você uma aventura ou algo repulsivo. Pode ser que prefira se esquivar da oportunidade de experimentar esses exóticos petiscos. Mas lembre-se: elas são uma importante fonte de alimento rico em proteína e proporcionam uma renda adicional para muitas famílias na África.

O alto teor de proteína da lagarta mopane faz dela um valioso bem de consumo

Em sua curta existência de seis semanas, a massa corporal da lagarta mopane aumenta 4 mil vezes

“Ao servir carne de vaca . . .”

Uma carta interessante de alguém que trabalhou a vida inteira como cozinheiro-chefe em grandes restaurantes.
Minha Querida Amiga:
Envio-lhe esta em resposta à sua solicitação de algumas deixas práticas sobre culinária doméstica para sua família. Você perguntou especialmente sobre como preparar refeições em que se serve carne de vaca.
Visto haver tantos modos de servir carne, é bom que, ao comprar carne, escolha uma parte adequada para a forma em que será preparada. Por exemplo, se deseja um suculento filé, precisa duma costela de filé (bisteca) ou filé de vitela, carne de aparência vermelho brilhante. Também deve ter uma camada cremosa de gordura no lado exterior, bem como gordura distribuída entre as fibras da carne, dando-lhe um efeito de mármore. Deve ser corretamente sazonada, também, pois se a carne vier dum animal recentemente morto, ainda será dura. O mesmo se dá com respeito a tenros assados suculentos, quer de costela de filé, filé ou alcatra. O sazonamento também os amolece. Estas, por certo, são as partes mais caras, visto que seu suprimento é limitado.
Se, por outro lado, quiser servir carne assada, ou carne cozida ou ensopada, escolha as partes mais baratas, visto que são igualmente nutritivas. Para a carne assada na panela, use acém, pescoço, coxão mole ou duro, ou lagarto. Para cozidos, use peito, ponta de agulha, língua ou coração. Para ensopado, use garrões ou quinotes, pescoço, ponta de agulha, ou coxão mole ou duro. Se comprar carne retalhada, assegure-se de que seja fresca, não tendo aparência cinzenta, e esteja livre de excessos de gordura, cartilagens e tendões.
Agora, uma vez tenha feito boa escolha para o cardápio que tem presente, leve isso a cabo por cozinhar a carne corretamente. Como sabe, há vários modos de preparar o BIFE, dependendo do equipamento disponível e dos gostos individuais. Poderá grelhá-lo em seu fogão elétrico, numa panela elétrica com um broiler, ou ao ar livre, numa churrasqueira. Seja qual for o método que usar, aqueça antes o aparelho a 232° C, unte o bife com um pouco de azeite em ambos os lados e asse-o rapidamente na grelha. Salgue-o depois, porque o sal retira o suco e impede que doure e toste. Também, certifique-se de servi-lo imediatamente, enquanto ainda chia de quente.
Outra parte tenra de carne que se presta especialmente para um jantar da família é o CONTRAFILÉ ASSADO INTEIRO de costela ou filé. Para um assado de filé, certifique-se de que o espinhaço ou vértebras sejam cortados, de modo que não tenha dificuldades mais tarde em cortar a carne, mas deixe as costelas na carne. Também, devia haver uns doze milímetros de gordura no lado exterior, para protegê-lo de ficar ressecado no forno.
Pré-aqueça o forno a 232° C e coloque o assado numa assadeira aberta com o lado gorduroso virado para baixo; tempere com pimenta e um pouco de alho. Doure e toste o assado por vinte minutos e então reduza o calor para uns 163° C, permitindo que cozinhe por quinze a vinte minutos para cada 450 gramas de carne. Ao ficar toda aquecida, a carne fica mais firme ao toque. Não a prove por enfiar um garfo nela, visto que isto deixa o suco escorrer. Evite cozer demais um pedaço tenro de carne, pois isso o endurece e o resseca. Certifique-se de reduzir o calor assim que a carne fique tostada ou ela encolherá e se queimará. Alguns cometem o erro de trinchar um assado assim que o tiram do forno. Antes, deixe-o descansar por quinze minutos. Se for trinchado enquanto muito quente, as fatias se enroscarão e perderão seu suco.
Embora a carne usada para ASSADOS NA PANELA não seja tão tenra e suculenta, por fervê-la no molho ela ficará macia e será igualmente nutritiva; e apreciará seu saboroso e rico molho junto com batatas e legumes, que podem ser cozidos junto com a carne num forno de campo ou frigideira. Toste a carne em todos os lados com um pouco de gordura. Tempere-a com sal, pimenta e uma folha de louro, e adicione água ou suco de tomate, cubra-a e deixe chiar. Quando estiver meio-cozida, coloque pequenas cenouras, cebolas e batatas ao redor da carne e a deixe terminar de cozinhar.
Uma variação disto é SAUERBRATEN (significando assado azedo), para o que a carne é marinada durante pelo menos cinco ou seis dias em vinagre de cidra, com temperos, cebolas e alho. Daí, retire-a e asse-a. Certifique-se de adicionar o líquido da marinada ao molho, pois isto lhe dá um sabor travoso. Este prato usualmente é servido junto com batatas ou bolinhos de massa e legumes.
A bem da variedade, sirva à família CARNE COZIDA. Primeiro, escolha um pedaço de peito, ponta de agulha, língua ou coração. Coloque-a em água fervendo, salgada. Retire a escuma, ao se formar no alto, e tempere-a com louro e pimenta. Cozinhe-a até que a carne fique macia, e então deixe-a esfriar no caldo, de modo a não ficar seca e escura. No ínterim, faça um molho por misturar um pouco de farinha com manteiga derretida numa caçarola. Daí, adicione um pouco do caldo quente, um pouquinho de cada vez, até que tenha a consistência dum molho grosso, ao mexê-lo em fogo baixo. Para obter o sabor desejado, poderá adicionar rábado-bastardo, salsa picada, endro, cebolas em fatias cozidas à la braise, mostarda, pó de caril ou alcaparras. Daí, corte a carne em fatias perpendiculares à fibra, coloque-a numa travessa e coloque o molho sobre ela. Sirva-a junto com batatas ou bolinhos de massa. Pode-se usar o caldo que sobrar como caldo para sopa. Uma variação é carne conservada em salmoura cozida junto com repolho ou legumes radiculares.
Outra forma excelente e mesmo assim barata de servir carne de vaca é num ENSOPADO. As partes usadas para isso têm mais nervos mas estes ficam mais macios pelo cozimento lento e a liberação de suas substâncias gelatinosas, que são mui nutritivas. E há muitas variedades de ensopados de modo a satisfazer quase todo paladar.
Para um ensopado de carne de vaca bem tostada com legumes, corte a carne em cubinhos de uns 4 centímetros e toste-os num pouco de gordura, daí adicione um pouco de farinha de trigo e tempere-os com sal, pimenta, alho e louro. Em seguida adicione água, caldo ou suco de tomate, e deixe ferver a fogo lento até que fique meio cozido. Daí, adicione os legumes cortados em cubinhos, cenourinhas, cebolas, aipo, nabos e batatas até que fique cozida. Este prato substancial vai muito bem com bolinhos de massa, que podem ser cozidos no vapor na mesma panela, em cima do ensopado.
Para fazer STROGONOFF, adiciona-se à carne dourada em quadradinhos, cebolas picadinhas, alho, salsa, cogumelos e complemente com creme azedo. Para o FILÉ AO BURGUNDY adicione cebolas picadas, alho, um pouco de farinha e vinho burgundy, e deixe cozer em fogo lento até que fique pronto. Para o GOULASH adicione bastantes cebolas picadas, um pouco de alho, e bastante pimentão doce. Daí, acrescente água e deixe cozer ao fogo lento até que fique pronto. Estes três últimos pratos podem ser servidos junto com batatas, arroz, talharim ou bolinhos de massa.
Poderá também preparar o que é chamado de ensopado branco ou fricassé, simplesmente por colocar a carne cortada em cubinhos em água fervente e salgada, deixando-a ferver de novo e retirando a escuma. Tempere e deixe-a cozer em fogo lento até que esteja meio cozida. Daí, adicione legumes seletos da horta ou cogumelos. Quando pronta, engrosse o caldo por colocar um pouco de farinha de trigo ou de maizena, mexendo-a num pouco de creme e batendo uma gema de ovo e então mexendo isto no ensopado que coze. Tempere com suco de limão e um pouco de molho de Worcestershire (ou molho inglês). Isto certamente tem bom sabor, junto com arroz.
A carne picada é mui versátil e é fácil de preparar de muitos modos. Para o hamburgo, certifique-se de usar uma carne de boa qualidade. Simplesmente achate a carne picada em bolinhos finos e asse em ambos os lados e tempere depois. Ou poderá fazer um BOLO DE CARNE. Para cada 450 gramas de carne de vaca, use três ou quatro fatias de pão mergulhado na água e então espremidas, um ovo, uma cebola picada, sal, pimenta, um pouco de alho em pó (ou, alguns adicionam um pouco de noz-moscada ou ervas). Misture tudo muito bem. Se estiver muito seco, adicione um pouco de água ou suco de tomate. Modele num bolinho e asse num forno a cerca de 177° C por cerca de 45 minutos. Ou poderá assá-la numa assadeira elétrica. Talvez pense que o pão visa aumentar a carne, mas isto não se dá. Absorve os sucos que a carne solta, e mantém seu sabor, assim tornando o bolo mais macio e mais apetecível.
Pode-se usar a mesma massa do bolo de carne para pequenos bolinhos individuais (chamados filé à Salisbury), ou pode-se moldá-los em almôndegas e ser tostados na gordura, daí cozidos em fogo lento em molho de tomate e servidos junto com espaguete. Ou, poderá usá-la como recheio para um delicioso prato de lasanha.
Será que vocês gostam dum prato apimentado, servido com feijão e arroz, ou em pãezinhos abertos — às vezes chamado “sloppy Joe’s” (hamburgo de carne mole)? Se assim for, toste a carne picada num pouco de gordura e adicione cebolas e alho picados. Daí, adicione o pó de pimenta malagueta e molho de tomate, e cozinhe em fogo lento. A carne preparada deste modo pode ser usada como recheio para legumes, tais como folhas de repolho, tomates, abóbora, beringela, ou pimentões. Poderia adicionar um pouco de arroz cozido à carne, temperar isto com ervas e enrolar em folhas aferventadas de repolho ou colocá-lo em outros legumes e assar numa assadeira.
CARNE DAS SOBRAS cozida em quaisquer dos meios adrede mencionados presta-se a uma grande variedade de pratos econômicos, em combinação com outros alimentos, tais como batatas, feijões, arroz, macarrão, e assim por diante, quer quentes quer frios. Por exemplo, as sobras de carne podem ser usadas como picadinho cremoso sobre bolinhos, ou torradas, ou croquetes, ou podem ser aquecidas em molhos, ou servidas como porções frias ou retalhadas e postas em saladas.
Por ter presente alguns destes pontos, quando compra e prepara carne de vaca, poderá conseguir preparar mais de uma refeição de um pedaço de carne, e, desta forma, economizará dinheiro e tempo. Acima de tudo, sua família apreciará muito mais variedade em seu cardápio.
Ao servir carne de vaca, fornece à sua família importante fonte de proteínas de que seus corpos precisam para desenvolver e reparar os tecidos. Em especial são importantes as carnes como o fígado, o coração e os rins como fontes importantes de ferro para a formação do sangue. Devidamente preparadas, dão aroma e sabor que estimulam o fluxo dos sucos digestivos que contribuem para o prazer duma refeição.
Até então falei principalmente sobre as várias formas de preparar e servir a carne de vaca. Mas, deixe-me sugerir que não desperceba a importância de equilibrar suas refeições com uma variedade de saladas, legumes e frutas. Isto contribuirá para a boa saúde tanto sua como de sua família.
Ao saborear estes deliciosos alimentos, não se esqueça de agradecer a Jeová, Aquele que proveu-nos de tantas coisas boas para comermos. — Contribuído.

Onde o coco predomina no cardápio

Do correspondente de “Despertai!” em Belize
É PROVÁVEL que esteja familiarizado com o uso do coco em doces e massas. Mas, aqui em Belize, antiga Honduras Britânicas, o coco entra em praticamente todo tipo de refeição — desjejum, almoço, jantar e até mesmo na hora do chá.
Uma razão disto é a pronta disponibilidade dos cocos neste clima tropical. E há outros motivos pelos quais o coco é usado numa ampla gama de alimentos.
Há o leite de coco — que não deve ser confundido com a água adocicada contida pela polpa. O leite só surge depois de a polpa ser raspada e comprimida. O leite de coco serve de delicioso aditivo na preparação do arroz, de biscoitos e de cozidos.
Do leite procede o óleo de coco. O processo de extração do óleo é uma vista comum em muitas casas, aqui em Belize. Fornece um meio de vida para muitas mulheres mais idosas. Mas, não queremos dizer que seja tarefa fácil. Na realidade, exige estrênuo esforço. Como assim?
Não é incomum encontrarmos mulheres idosas no cais do mercado já às cinco da manhã. Os veleiros trazem as amêndoas das ilhotas, e canoas as transportam rio acima. Antes de os cocos chegarem ao mercado, são despojados de seu revestimento fibroso. Na Cidade de Belize, é comum observar uma senhora, carregando um saco, curvar-se à margem do rio e gritar para os barqueiros: “Uno have nuts fi sell?” (“Vocês têm cocos para vender?”) Então os barqueiros respondem: “Uno no know fi we biznez da cocnut?” (“Não sabe que nosso negócio é com cocos?”) Depois de efetuar sua compra, ela coloca os cocos num carrinho de bicicleta de três rodas, pagando pequena taxa para ser entregue na casa dela.
O próximo passo é quebrar ou lascar os cocos. O modo crioulo de fazer isso é usar um facão comprido. Segura-se o coco com uma das mãos e a casca dura é lentamente lascada. Precisa-se ter perícia para golpear com o facão de modo que se remova a casca sem cortar a polpa macia interna. Se não é perito no uso do facão, poderá colocar o coco diretamente sobre o fogo, por alguns instantes, até que ele se expanda e a casca se rompa, tornando fácil remover a polpa.
Em seguida, rala-se a polpa branca e fibrosa. Neste local, os raladores são amiúde simples latas de banha com buracos feitos com pregos, montados sobre armações de madeira.
Depois de se ralar a polpa do coco, pequena quantidade de água tépida é adicionada aos flocos brancos como a neve. Isto ajuda a soltar a gordura. Daí, comprime-se os flocos para extrair o leite. Este líquido é colocado à parte por uma noite para se permitir a separação da gordura e da água. No dia seguinte, a gordura cremosa é cuidadosamente retirada de cima com uma colher. Os flocos que sobram constituem excelente ração para galinhas.
Mas como é que esta substância branca e grossa produzirá o óleo de coco límpido e de teor âmbar? Isto nos traz ao seguinte passo, que chamamos de processo de fritura.
Aqui, em Belize, é em geral mais conveniente fritar a gordura num fogão de combustão livre, usando-se um combustível econômico, a lenha. O fogo brando e constante mantém o leite fervendo e produz maior separação da gordura. Neste estágio, parece-se com coalhada. Gradualmente, os sólidos se cristalizam e a gordura se torna transparente. O saboroso aroma de coco enche o ar e ativa as papilas gustativas das pessoas presentes. É preciso remover rapidamente a mistura do fogo para assegurar-se de que não ficará com gosto de queimada. De três a cinco cocos produzem quase meio litro de óleo, dependendo de seu tamanho e qualidade.
O óleo de coco tem muitas utilidades. É especialmente bom para fritar peixe e os pratos preparados com farinha de milho ou tortilhas. Quando as Testemunhas de Jeová se reúnem em congressos, aqui em Belize, uma guloseima especial para as barracas de alimentos é panades. Para fazer esta iguaria, amassa-se a farinha de milho em tortilhas. Estas são recheadas de peixe (usualmente tubarão) cozido ou defumado, são dobradas ao meio e fechadas nas pontas. Em seguida são mergulhadas em óleo dourado de coco. O aroma domina a inteira vizinhança. Algumas famílias vizinhas enviam seus filhos para entrar cedo na fila, de modo a não perder esta iguaria.
Já provou pão crioulo? Esta é outra especialidade que envolve o coco. Em lugar de leite de vaca, o leite cremoso que provém do coco ralado é adicionado à massa de farinha fermentada. É preciso um coco para cerca de um quilo de farinha.
O bom pão crioulo é muito procurado comercialmente. Algumas senhoras vivem disso, ou ajudam a educar seus filhos por assar pão diária ou semanalmente. Recentemente, um grupo de mulheres cristãs aqui o assou por diversos sábados e contribuiu os fundos para a construção dum salão para estudos bíblicos.
Gostaria de provar o delicioso sabor do coco no arroz ou no pão? Que tal peixe cozido no leite de coco, ou uma variedade de biscoitos de coco? Até mesmo a água de coco, bebida diretamente dum coco verde, é refrescante e saudável. Caso visite Belize, convidamo-lo a apreciar o povo amigável, o sol tépido e um delicioso cardápio em que predomina o versátil coco.

Nutrição no Local de Trabalho

Desde as grandes multinacionais até as pequenas empresas familiares, os comerciantes e empresários nos Estados Unidos estão promovendo a boa nutrição no local de trabalho, veicula o jornal The New York Times. Seus proponentes afirmam que os programas nutricionais e de aptidão física nos locais de trabalho reduzem os custos de saúde dos empregados, melhoram a produção, e criam uma equipe de trabalho feliz. “Os programas podem ser tão simples como mudar o cardápio do restaurante para uma seleção mais saudável de alimentos, ou tão elaborados como . . . dependências de uns 3.500 metros quadrados para se cultivar a aptidão física, com piscina, equipamento de ginástica, um ginásio e um programa de reabilitação cardíaca”, diz o artigo. Muitos refeitórios de empresas fornecem agora as dosagens de calorias e de colesterol dos alimentos servidos. Também fornecem um cardápio de baixo teor de gordura e de sódio, e de elevado teor de fibras, para os funcionários que têm problemas relacionados com doenças cardíacas.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Talheres Comestíveis

Muitos pratos libaneses são similares a cozidos, e são comidos junto com arroz. Em lugar de garfos, cada um tem seus discos de pão árabe, ou a variedade fina como papel “khubz marqook”, se preferida. Para cada bocado de comida, corta-se um pedaço de pão de uns cinco centímetros de cada lado, é arranjado em forma de concha, e é usado para levar o alimento à boca, e comido junto com o alimento. Até mesmo os molhos mais líquidos podem ser apanhados desta maneira, como que por uma concha, sem haver respingos; a superfície quebradiça do pão impede tal desastre.
A maioria dos restaurantes orientais passam bem sem talheres, mas servem todo o pão que a pessoa deseje. Para os pratos como “shish kebab” (carneiro assado no espeto) ou galinha assada na brasa, jeitosos pedaços de pão podem ser usados para pegar os pedaços de carne. Um jantar favorito é a “maza”, pratos de alimentos, saladas, carnes, frios, nozes para se comer com a mão, e, por certo, pão árabe.
Um sanduíche árabe é também diferente do sanduíche feito de fatias de pão. Pode-se usar quer um pão árabe inteiro ou a metade. Parte-se o pão, deixando-se dois discos completos. Aplica-se um recheio ou pasta favorita, e então o pão é enrolado, começando numa ponta, até se tornar longo cilindro com todo o recheio lá dentro. As crianças comem vários por dia, além de suas refeições regulares.
Aqui no Líbano, onde comemos pão todo dia, sem considerar o que mais consumamos, podemos facilmente avaliar que Jesus Cristo queria dizer ‘alimento diário’ quando ensinou seus seguidores a orar pedindo seu ‘pão diário’. Que sempre fiquemos contentes e gratos por esta provisão; de Deus. — Mat. 6:9-11.

Variedades do Pão Libanês

A pessoa talvez fique imaginando por que o pão é tão importante para o habitante do Oriente Médio. A resposta se torna evidente quando a pessoa conhece as muitas espécies de pães que são comidos e como são usados como comestíveis “colheres” e “garfos”. Considere alguns dos tipos de pão comidos no Líbano.
Sem comparação, o mais popular é o “khubz arabi”, ou pão árabe. A massa com fermento, feita quer de farinha branca quer de integral, difere pouco da massa de pão do Ocidente. É feita com água, ao invés de leite, e é apenas ligeiramente salgada. É aí que a similaridade termina, contudo.
A massa misturada é dividida em pelotas do tamanho dum punho fechado e se permite que cresça. Depois de crescer na medida apropriada, os pães são então achatados à mão ou passados por uma máquina que se parece com o espremedor duma lavadeira. Em resultado disso, os pães ficam então finos e achatados, e têm cerca do tamanho dum prato grande de comida. De novo se deixa que cresçam ligeiramente. Agora, o pão está pronto para ser cozido.
Ao serem cozidos, os pães incham de modo que parecem como se fossem saladeiras viradas para baixo. Em apenas uma questão de minutos ficam cozidos no ponto. Ao esfriarem, desincham de novo, mas agora os pães são como bolsos, fechados por toda a volta, quebradiços do lado de fora e úmidos por dentro.
Seis desses pães ocos pesam cerca de um quilo de pão. As grandes famílias consomem cinco ou seis quilos de pão por dia, de modo que a dona-de-casa tem de levar uma pilha e tanto de pão, da padaria para casa!
Deliciosa variedade de pão árabe é o “kaak”, vendido onde quer que se ajuntem crianças. Trata-se dum pão menor, e apenas a metade dele é oca. A outra metade tem o formato duma alça, um tanto parecido a uma rosca gigante, assimétrica. É coberto generosamente de sementes de gergelim e tostado para ficar quebradiço.
Toda tardinha, quando se encerram as aulas, ou perto de qualquer parque público, vendedores que carregam grandes bandejas de “kaak” nas cabeças podem ser ouvidos oferecendo seus produtos. Se parar o vendedor, ele deixará que escolha o pão que quiser. Daí, abrindo um buraco na parte oca dele, aspergirá no interior uma mistura de ervas contendo tomilho, sumagre e sal. Que saboroso lanche para a tarde!
Um pão popular para o desjejum aqui no Líbano é um “kaak” seco que vem em forma duma rosca ou duma bisnaga. É de paladar neutro, visto não conter nenhum sal, mas é bem delicioso quando mergulhado na bebida favorita da pessoa.
Outro tipo de pão que é quase tão popular quanto o pão árabe é o “khubz marqook” ou “khubz as-saj”, uma variedade fina como papel. A massa básica e o peso do pão são aproximadamente os mesmos, mas o pão assume a forma dum disco fino de uns 60 centímetros de diâmetro ao ser jogado de uma das mãos para a outra; como se prepara a massa de pizza. Este pão é bem quebradiço e quase desprovido de umidade, de modo que se conserva por longo tempo. Visto que as mulheres dos povoados só assam pão uma vez por semana para suas grandes famílias, este pão é muito prático para elas. O pão deste tipo, mesmo guardado uma semana, é tão bom quanto o pão fresquinho.
Ainda outro estilo de pão, popular principalmente nos povoados das montanhas, é o “khubz at-tannoor”. De novo, a receita da massa é padrão, mas os pães têm outra consistência devido ao modo de serem assados. O forno usado é um forno convexo de pedras.
Depois de o pão ter sido achatado e amassado, é colocado numa forma coberta e abaixado no forno pré-aquecido, e jogado num lado curvo, onde gruda até que fique assado. É então descascado quando pronto. Estes pães são mais duros que o “khubz marqook” e permanecem úmidos por vários dias.
Não se deve desperceber as variedades armênias de pão. Não são muito diferentes do pão francês. Os pães são aspergidos com sementes de gergelim antes de serem cozidos, o que lhes dá um sabor de nozes.

Dá-nos o nosso pão diário

Do correspondente de “Despertai!” no Líbano
EM PARTE alguma é a expressão “pão diário” mais apropriada do que no Oriente Médio, onde se originou. Ainda hoje, o pão é o alimento de maior importância numa casa. Não importa quantos pratos contenha uma refeição, se não se incluir o pão, o habitante do Oriente Médio não achará que comeu bem.
Aqui, a quantidade de comida que uma pessoa consome é medida pela dose de pão que ingere, e não pelo número de vezes em que se serve dum prato. Assim, a expressão: “Como eu comi! Dois pães!” é comum. Se visitas inesperadas chegam bem na hora da refeição, isso não representa nenhum problema para a dona-de-casa libanesa se ela tiver bastante pão em casa. O restante da refeição pode ser estendido para satisfazer a demanda.
Necessariamente, então, quando acontece algo que corta o suprimento de pão, pode resultar o pânico. Uma greve de padeiros pode provocar o pânico, embora os supermercados estejam cheios de todos os outros tipos de comida.

Pratos deliciosos

Frances Perry, autora de Flowers of the World (Flores do Mundo), escreve: “Os indígenas comem os botões de flor da espécie Yucca, e as frutas e raízes têm propriedades saponáceas, podendo ser usadas para lavar roupa.” Os centro-americanos aproveitam bem a iúca na culinária e na limpeza. Gostam do seu sabor um tanto azedo, porém picante. As flores são servidas em saladas ou cozidas com ovos e batatas, um dos pratos favoritos dos costa-riquenhos e de outros centro-americanos. A iúca é nutritiva porque é rica em vitaminas e minerais, como cálcio, ferro, tiamina, fósforo e riboflavina.
Também são dignas de nota as propriedades medicinais da iúca. Prepara-se um tônico para o estômago cozinhando e macerando as flores. As folhas servem para tratar a albuminúria e a colite e são também diuréticas. E essa planta herbácea, saponácea, deliciosa e nutritiva é apenas uma das criações terrestres que nosso paladar pode apreciar.

Quase dá para comer!

Do redator de Despertai! no Japão
VOCÊ olha fascinado para o que parece ser um prato delicioso. Ele desperta seu apetite e você fica com água na boca. Mas o estranho é que essa “comida” não tem aroma, sabor ou valor nutritivo. Ela nunca vai estragar e não precisa ficar na geladeira. Do que estamos falando? No Japão, só pode ser de uma coisa — um modelo plástico de comida. Comida de plástico é uma réplica de vinil de algum item encontrado no cardápio de um restaurante. É produzida no mesmo tamanho, forma e cor do item verdadeiro.
Essas amostras de comida existem em várias formas — dos tradicionais pratos japoneses, tais como sushi, aos pratos ocidentais prediletos, como pizza e macarronada. Também há réplicas de bebidas, aperitivos e sobremesas. A variedade é enorme! De fato, certo fabricante oferece mais de dez mil itens diferentes de comida.
A comida de plástico parece de verdade. Detalhes como a aparência crocante da pele de um frango assado, uma fatia de melancia com suas sementes posicionadas de modo irregular e a leve curvatura numa folha de alface são perfeitamente imitados. Mas como a comida de plástico se tornou tão popular em restaurantes no Japão?
No fim do século 19, alguns restaurantes começaram a expor suas amostras de comida estrangeira para o público japonês. Assim, as pessoas que passavam em frente ao restaurante podiam ver como era a comida sem precisar entrar. É claro que essas amostras atraíam não só pessoas mas também insetos e animais. A comida estragava devido ao calor e à umidade e por isso ficava caro preparar esses pratos todos os dias.
Com o tempo, essas amostras de comida de verdade foram substituídas por réplicas de cera pintada. Mas a cera tinha a grande desvantagem de deteriorar com clima quente e acabou sendo substituída pelos plásticos de vinil. Este era finalmente um produto durável, capaz de resistir ao calor e, ao mesmo tempo, atrair apenas o tipo certo de cliente — pessoas! Mas como as réplicas de plástico são produzidas?
O que se faz primeiro é um molde da comida. Por exemplo, um bife é colocado num recipiente quadrado. Enche-se o recipiente com silício até que o bife fique completamente imerso. Depois que o molde endurece, ele é virado e o bife é retirado, deixando seu formato impresso. Em seguida, vinil colorido é despejado dentro do molde e levado ao forno a 82 graus Celsius. Depois de esfriado, a imitação de bife é retirada e já pode ser pintada.
Para fazer um sanduíche, cada componente — pão, carne, queijo e alface — precisa ser moldado separadamente. Depois disso, o processo é similar ao de preparar um sanduíche de verdade. Os itens são colocados um em cima do outro entre as fatias de pão. No caso do sanduíche de plástico, porém, é uma cola que segura os ingredientes juntos.
Em certo sentido, fabricar comida de plástico é uma forma de arte. “A chave para fazer com que comida de plástico pareça real é examinar cuidadosamente comida de verdade”, diz Katsuji Kaneyama que trabalha na área há cerca de 23 anos. “As pessoas encaram o alimento como algo a ser consumido. Nós o encaramos como algo a ser fabricado.”
Ao olhar com atenção uma tigela de arroz japonês que acabou de ser feito percebemos que os grãos individuais parecem se destacar uns dos outros. Todo o arroz “fica junto, formando um montinho uniforme no meio da tigela”, explica Kaneyama. Para criar esse efeito, cada grão precisa ser moldado separadamente. Apenas juntar os grãos não seria suficiente pois eles não formariam o montinho. Por isso, os grãos precisam ser cuidadosamente colados numa posição que imite a aparência do arroz verdadeiro. Esse toque realista torna a comida atraente até para as pessoas mais detalhistas.
São necessários anos de experiência para se tornar um especialista em fabricar comida de plástico. Um aprendiz pode levar alguns anos para assimilar as técnicas básicas, começando com os itens mais simples, como cogumelos. Demora cerca de dez anos de estudo para se conseguir fazer uma réplica convincente de peixe fresco, com suas complexas texturas e cores, e até 15 anos para alguém ser considerado um perito na área.
Se você passar por um restaurante no Japão e se deparar com pratos de dar água na boca, lembre-se do trabalho meticuloso que foi empregado na sua fabricação. É bem provável que fique em dúvida sobre o que exige mais habilidade — preparar comida de verdade ou fazer uma imitação de plástico!

Contribuição do Amor Para o Comer Bem

A esposa e mãe amorosa não está apenas interessada em cozinhar e servir as refeições de modo apressado. Ela se preocupa com a saúde e o bem-estar da família. Quando há crianças em idade escolar, há sério empenho em estimular seus apetites para os alimentos simples e nutritivos. As lições de geografia poderiam se tornar vívidas bem na mesa do jantar se pratos populares em terras distantes fossem incluídos no cardápio de vez em quando — o borche russo, o gulache húngaro, os tamales mexicanos, e assim por diante. Muitos deles são também bastante econômicos. A dona de casa verificará ser de seu proveito experimentar e expandir os gostos de seus fregueses regulares à mesa. Levará tempo extra para ficar atenta a ofertas especiais de alimentos, para certificar-se de que a família esteja obtendo a nutrição adequada, para introduzir maior variedade no cardápio, para reduzir o desperdício. Mas, ela própria se sentirá livre da monotonia e gozará a satisfação de contribuir para uma economia que é tão vital nestes dias de custos crescentes.
Há um fator vital relativo a refeições que jamais deve ser despercebido ou subestimado. É grátis e não se precisa fazer nenhuma compra para obtê-lo. Sem ele, muito do prazer das refeições no dia a dia ficaria perdido. O que é? O livro bíblico de Provérbios o indica inequivocamente: “Melhor um prato de verduras onde há amor, do que um touro cevado e com ele ódio.” (Pro. 15:17) Uma atmosfera agradável, descontraída, alicerçada em amor, é uma base sólida para a alimentação saudável.

Refeições Para Estimular o Apetite

A boa cozinheira pode fazer da mais simples refeição uma experiência deleitosa, pois sabe que a cor, a forma, o paladar e o arranjo da comida podem ter poderosa influência sobre quem come. Assim, dá atenção a itens tais como ervas, temperos e adornos. Um pouco de atenção extra e alguns minutos a mais na preparação de uma refeição atraente podem constituir a diferença.
O fator da cor numa refeição terminada pode exercer muita influência. Um prato de carne marrom pardacenta pode ser avivado com tomates, beterraba, cenoura ou brócolos. Os rabanetes darão um lampejo de cor à salada. A aparência atrativa da comida estimula as papilas gustativas e torna mais apreciável a refeição.
Temperos e condimentos, usados com moderação, podem aumentar o prazer das refeições e dar variedade a seus pratos. E, por falar em variedade, é bom tentar novas receitas de vez em quando. Tome a batata, por exemplo. Diz-se que há mais de 1.500 formas de servir este item comum. Talvez muitas donas de casa não tenham usado mais de mela dúzia delas. Assim, há um grande campo para aventura aqui.
Nem é necessário cozinhar todo legume. Além de servi-los crus em saladas, alguns deles, como as cenouras, cebolas e aipo, podem ser servidos frescos. Desta forma, dispõem de mais valor nutritivo do que quando cozidos. Crianças famintas ficarão muito contentes de mordiscar tais itens entre as refeições.
O uso perito de sobras de comida é outra forma de obter economia sem sacrificar o atrativo do sabor. Com imaginação e perícia, muitos pratos populares podem ser preparados. Por exemplo, carne que sobre pode ser cortada em pedaços bem pequeninos e cozida junto com arroz, temperado ou condimentado exatamente no grau certo. O purê de batatas que sobre pode ser fritado na panela no dia seguinte.

Comprar Exige Perícia

É uma compradora perita? Sabe o que comprar, onde comprar e, o que é mais importante de tudo, quando comprar? É uma perícia que pode ser adquirida, e há muitas ajudas. Ofertas especiais de alimentos são usualmente anunciadas no rádio, na TV e na imprensa pública. Caso possa obter com economia itens que usa com freqüência, vale a pena comprar uma quantidade extra, conquanto não haja problema de estocagem. Mas, certifique-se de que não se envolva em despesas extras de passagens que poderiam facilmente eliminar qualquer lucro obtido de comprar a um preço de pechincha. É melhor que descubra um lugar perto de casa em que são oferecidas pechinchas.
A primeira coisa que a compradora sábia fará, antes de sair de casa, é examinar as prateleiras da despensa e fazer uma lista de itens que estão acabando. Desta forma, a dona de casa comprará as coisas necessárias. Isso tende a impedir as compras por impulso, ou gastar muito em itens que realmente não são essenciais.
É bom, também, cultivar o hábito de ler os rótulos. Disse certa dona de casa: “Embora eu já faça compras por anos, apenas recentemente me tornei cônscia dos rótulos. Agora não sou mais influenciada pelos enganosos lemas de vendas. Agora leio os rótulos para ver o que estou realmente adquirindo antes de comprar, e isso faz uma grande diferença. Os rótulos deviam mencionar os ingredientes, bem como a quantidade ou o peso. Um pouco de aritmética mental deve determinar se é mais econômico comprar a lata pequena ou grande de algum item.
Alguns supermercados oferecem alimentos de suas próprias marcas a preços inferiores às marcas anunciadas nacionalmente dos mesmos produtos. Por que não experimenta alguma vez certas marcas particulares? Talvez verifique que são de qualidade tão boa quanto as que são astutamente promovidas em grandes cartazes ou na TV e no rádio. Deveras, em alguns casos, tratar-se-á de produto idêntico, vendido a varejo sob diferentes rótulos.
E enquanto estamos no assunto de rótulos, outro ponto que a compradora judiciosa deve considerar é o custo da embalagem. Alguns produtos alimentícios são enfeitados com embalagens especiais, cujo custo é passado ao público comprador. Para sermos práticos, vale a pena preocupar-se mais com o próprio produto do que com a forma em que é embalado, não importa quão atraente pareça.
Também deve-se ter presente o uso que fará de sua compra. Se o item for tomate em conserva, há marcas de alta qualidade, bem como as de qualidade inferior. No entanto, se os tomates serão usados numa sopa ou em molho de espaguete, não é necessário obter-se tomates de alta qualidade. A diferença em qualidade talvez seja que uns não têm a cor dos outros, ou certa marca tenha mais tomates inteiros do que a outra.
A época em que compra tais itens perecíveis como frutas e legumes é importante. Comprá-los só porque são atraentes à vista, sem considerar sua época pode envolver despesas desnecessárias. Deve ser simples verificar a época de abundância de cada item, a época em que podem ser comprados por menos. Na verdade, pode-se comprar frutas e legumes congelados, mas pode-se fazer isto a um custo razoável?
A compradora sábia também levará em conta o fator desperdício ao comprar frutas e legumes. Do volume total, em qualquer compra, quanto será jogado fora? Isto é importante ao se determinar o custo real. E outro ponto em que vale a pena pensar é: Será realmente necessário jogar fora tanto das cascas e aparas dos legumes e das batatas? Ao cortar aipo cru para a mesa, por exemplo, poderiam as aparas menos atraentes ser guardadas num saco plástico e usadas mais tarde numa sopa ou salada?
A compradora também poderá perguntar-se: Fico num dilema quando se trata de comprar legumes? Há ampla margem de escolha, e a maioria é excelente para se fazer uma salada. Considere, por exemplo, alguns deles: erva-doce, couve, endívia, verduras de mostarda, escarola, chicória e agrião. E, no caso da alface, deve-se ter presente que aquelas folhas verde-escuras exteriores, amiúde tolamente jogadas fora, são ricas em vitaminas e sais minerais.

Alimentos Que Satisfazem

Uma vez apreciado que a carne não é a única fonte de proteínas, pode-se começar a economizar verdadeiramente. Há outros alimentos ricos em proteínas, porém, para se obter os melhores resultados, precisam ser preparados e servidos com especial cuidado, de modo que se tornem tanto convidativos na aparência como deliciosos ao paladar.
O peixe é um destes alimentos proteínicos, e, em algumas localidades, pode ser obtido a baixo custo. Grande variedade de alimentos de peixes são agora disponíveis em quantidades cada vez maiores — mexilhões, salmeiras, litorinas, urtigas do mar. Podem ser assados, cozidos numa tábua, fritados numa frigideira ou mergulhados em gordura, escaldados ou cozidos a vapor, dependendo do método que ressalte o que há de melhor em cada coisa. Está atento ao mercado de peixes?
O ovo é outro alimento satisfatório que é proteína completa. Pode também ser preparado de diversos modos — desde o ovo bem cozido até o delicioso soufflé. Não é de admirar que seja tão popular!
Alguns alimentos, embora não sejam completos em proteínas como os ovos, ainda contêm valiosas proteínas. Tais alimentos, tais como as ervilhas, o feijão branco e o feijão-de-lima, são amiúde chamados de proteínas “incompletas’’ porque não contêm tantos dos essenciais aminoácidos. As lentilhas são outro exemplo. Combinam-se com muitos alimentos a fim de fornecer pratos satisfatórios, e, ainda assim, baratos.
A realidade é que nem toda refeição precisa ser rica em proteínas. Há outros pratos que são bastante satisfatórios. A humilde batata é um exemplo. É surpreendente o número de formas de prepará-la e servi-la em pratos deliciosos, sozinha ou combinada a outros alimentos. Se a cozinheira ficar sem novas idéias neste respeito, poderá comparar seu receituário com os de suas vizinhas. Daí, há também o arroz. O arroz branco e o arroz integral oferecem amplo escopo, e podem ser cozidos quer como substituto da batata quer como sobremesa. Tudo depende do tempero ou condimentos acrescentados a ele.
Há muitas outras refeições de um prato único que poderá ser satisfatórias: macarrão, espaguete e molho de tomate, beringela recheada, guisado de galinha picadinha com cogumelos e bolinhos de massa frita, pimentões verdes recheados, para citar alguns. Na verdade, estes representam um desafio à perícia do cozinheiro, pois se espera com freqüência que se rivalizem com o prato de carne tanto em sabor como em atrativos. Mas, bem que vale a pena o esforço, pois dará mais variedade a seu cardápio, ao passo que também reduzirá os custos.

Como Reduzir os Preços da Carne

Saber que alimentos são essenciais é importante. Mas, a dona de casa mediana, se há de reduzir seus custos alimentares em qualquer grau apreciável, tem de começar primeiro com a carne — usualmente o item mais alto em suas despesas com alimentos. Pode ficar alerta para ler nos jornais ofertas especiais e fazer seu cardápio com base nas ofertas de carne da semana. Talvez seja vantajoso comprar fígado e carne do tipo mais barato, tais como rabada, pescoço, ponta de agulha, acém ou coxão duro. As costeletas são relativamente baratas. Bifes do peito são ainda mais econômicos. Pernil de porco é tão saboroso quanto o lombo de porco, todavia, muito menos custoso.
O que há de bom é que tais cortes são tão elevados em valor nutritivo quanto os mais custosos. A única diferença é que se precisa mais cuidado para cozinhá-los visto que talvez sejam menos tenros. A língua é outro item econômico. Quando cozida à la braise em molho aromático e devidamente enfeitada, é deliciosa, todavia, custa não raro apenas a metade do preço de outras carnes!
A carne de preço reduzido, contudo, nem sempre é econômica. Às vezes contém muitos pedaços não comestíveis. Assim, ao comparar o custo básico, é melhor calcular o custo por porção. Um quilo de acém, moído, por exemplo, talvez dê para dez porções. Se custar uns cinco cruzeiros o quilo, isso significa 50 centavos a porção. Como se compara isto com algum outro item?

Poderá comer bem, por menos

“DO JEITO em que estão os preços agora, simplesmente não sei mais com o que alimentar minha família.” Soam-lhe familiares estas palavras? Ecoam seus sentimentos? Muitas donas de casa verificam que não mais conseguem comprar alimentos que compravam antes e ainda limitar-se a seu orçamento. Razão é que os preços dos alimentos através do mundo subiram tanto na última década. E, nos EUA, mais de um terço do aumento entre 1964 e 1968 se deveu a um aumento de 15 por cento nos preços da carne, das aves e do peixe.
Muitos verificam ser cada vez mais difícil equilibrar seu orçamento. A luta corrente do consumidor estadunidense obteve grande atenção e muitas são as propostas para sustar os aumentos dos preços dos alimentos. Apesar dos vários passos dados em escala federal e local para proteger os interesses do consumidor, cabe por fim à dona de casa conseguir economizar por sua própria conta. Ela conhece exatamente em que áreas poderá reduzir as despesas sem por em perigo à saúde da família. Para alcançar este alvo, tem de saber que alimentos são essenciais para sua saúde e quais poderá dispensar.
Os requisitos básicos para a nutrição adequada podem ser divididos a grosso modo em quatro grupos:
(1) Carnes e substitutos para a carne, abrangendo ovos, queijo, nozes, soja, e assim por diante.
(2) Pão, farinha e vários cereais (grãos).
(3) Leite e produtos lácticos.
(4) Frutas e legumes numa variedade tão grande quanto possível.
Para os que não apreciam beber os recomendados dois ou três copos de leite por dia para os adultos e os três a quatro copos para as crianças, o leite pode ser usado de outras formas. Os nutricionistas recomendam que as donas de casa planejem seu cardápio em torno de tais requisitos básicos para assegurar que suas famílias comam os alimentos corretos.

“DO JEITO em que estão os preços agora, simplesmente não sei mais com o que alimentar minha família.” Soam-lhe familiares estas palavras? Ecoam seus sentimentos? Muitas donas de casa verificam que não mais conseguem comprar alimentos que compravam antes e ainda limitar-se a seu orçamento. Razão é que os preços dos alimentos através do mundo subiram tanto na última década. E, nos EUA, mais de um terço do aumento entre 1964 e 1968 se deveu a um aumento de 15 por cento nos preços da carne, das aves e do peixe.
Muitos verificam ser cada vez mais difícil equilibrar seu orçamento. A luta corrente do consumidor estadunidense obteve grande atenção e muitas são as propostas para sustar os aumentos dos preços dos alimentos. Apesar dos vários passos dados em escala federal e local para proteger os interesses do consumidor, cabe por fim à dona de casa conseguir economizar por sua própria conta. Ela conhece exatamente em que áreas poderá reduzir as despesas sem por em perigo à saúde da família. Para alcançar este alvo, tem de saber que alimentos são essenciais para sua saúde e quais poderá dispensar.
Os requisitos básicos para a nutrição adequada podem ser divididos a grosso modo em quatro grupos:
(1) Carnes e substitutos para a carne, abrangendo ovos, queijo, nozes, soja, e assim por diante.
(2) Pão, farinha e vários cereais (grãos).
(3) Leite e produtos lácticos.
(4) Frutas e legumes numa variedade tão grande quanto possível.
Para os que não apreciam beber os recomendados dois ou três copos de leite por dia para os adultos e os três a quatro copos para as crianças, o leite pode ser usado de outras formas. Os nutricionistas recomendam que as donas de casa planejem seu cardápio em torno de tais requisitos básicos para assegurar que suas famílias comam os alimentos corretos.

Gaspacho — o sabor refrescante do tomate

Gostaria de experimentar uma refrescante sopa fria, ideal para os dias quentes de verão? Na região da Andaluzia, Espanha, o gaspacho é servido praticamente todo dia com a refeição principal. Esse prato saudável e delicioso, servido como entrada, é fácil de preparar. Os ingredientes são simples. Apresentamos aqui uma receita típica espanhola, que dá para cinco pessoas.
Ingredientes
3 tomates médios, maduros
1 pepino médio
2 pimentões (vermelhos) pequenos ou 1 grande
2 fatias de pão seco
2 colheres de sopa de vinagre
2 colheres de sopa de azeite de oliva
sal
1 dente de alho
uma pitada de cominho
Modo de preparo Limpe os pimentões, descasque os pepinos e tire a pele dos tomates. Pique tudo. Coloque numa tigela com um litro de água (suficiente para cobrir os ingredientes) junto com o pão, o alho, o tempero, o vinagre e o azeite. Deixe a mistura repousar de um dia para outro e no dia seguinte bata os ingredientes no liquidificador e coe. Se necessário, acrescente mais temperos a gosto. Mantenha o gaspacho na geladeira até a hora de servir. O gaspacho pode ser servido com cubinhos de tomate, de pepino e de pimentão.

Flores de abobrinha

Na América, segundo registros históricos, a flor de abobrinha (Cucurbita pepo) vem sendo usada na culinária desde o século 16. Tudo indica que os nativos comiam apenas as flores masculinas (as que têm caules longos e finos) e deixavam as flores femininas (que têm uma diminuta abobrinha atrás da flor) para se reproduzir. Antes de usar as flores, remova as folhas externas espinhosas; os pistilos podem ser utilizados, fica a seu critério. Ótimo nas entradas e nas sopas, o sabor suave das flores de abobrinha combina bem com óleo de oliva, milho verde e com a própria abobrinha. Para obter um sabor mais marcante, refogue-as com cebola, alho, ervas aromáticas e condimentos a gosto. Experimente recheá-las com uma mistura de queijo, cebola picada e ervas aromáticas. Feche e passe-as no ovo batido (clara de ovo batida em neve na qual se acrescentam gemas). Por último, passe as flores de abobrinha em farinha de rosca e frite-as em óleo quente. Que delícia!

Muitos pratos, muito mais sabores

Uma refeição típica da Tailândia tem vários pratos, que podem incluir sopa, salada, stir-fry (prato preparado fritando-se ligeiramente os ingredientes), caril e molhos para acompanhar a comida. Um item indispensável às refeições é o arroz fumegante. Depois vem a sobremesa, que pode incluir doces feitos à base de açúcar e ovos. A polpa e o leite de coco também são usados para fazer doces típicos.
Um fator importante para uma boa comida em qualquer lugar é que os ingredientes sejam frescos, e na Tailândia eles são encontrados facilmente. Os mercados nas cidades vendem frutas, hortaliças e peixe frescos, além de temperos como capim-limão, coentro, alho, gengibre, galanga, cardamomo, tamarindo e cominho. Nesses mercados você também vai encontrar muitas pimentas e limões, que são ingredientes importantes dos pratos tailandeses.
Caso esteja visitando a Tailândia ou queira provar a culinária tailandesa perto de casa, experimente tom yam goong — uma sopa acre e picante de camarão que é uma especialidade da Tailândia. Outras boas opções são salada picante de mamão, harussame (macarrão transparente) com frango ou pato assado, carne de porco desfiada ou peixe marinado. Ma ho, que significa “cavalos a galope”, é uma mistura de carne de porco, camarão e amendoim servida em abacaxi fresco e decorada com pimentas vermelhas e folhas de coentro. Para finalizar a refeição, experimente uma sobremesa feita com um tipo especial de arroz (glutinoso), leite de coco e manga.
Qual é o melhor jeito de comer a comida tailandesa? Conforme o costume de algumas partes do país, você deve usar os dedos para fazer bolinhas com o arroz glutinoso especialmente preparado, mergulhá-las em molhos e jogá-las na boca. Ao comer os pratos que têm macarrão, talvez prefira usar os tradicionais pauzinhos orientais. Mas caso se atrapalhe com eles, você pode sempre recorrer ao garfo e à colher.
Ficou com vontade de experimentar a culinária tailandesa? As iguarias desse lindo país asiático podem revelar um mundo de sabores a ser explorado — o da deliciosa cozinha oriental.

Uma mistura internacional de sabores

A Tailândia encontra-se num cruzamento de rotas na Ásia. Durante séculos, pessoas da China, do Laos, do Camboja, da Indonésia, da Europa e de outros lugares passaram pela Tailândia e muitas delas se estabeleceram ali. Essas pessoas trouxeram os pratos típicos de sua terra natal, e os sabores e aromas dessas diferentes comidas se tornaram parte da culinária da Tailândia.
Há muito tempo, não se sabe exatamente quando, viajantes da Índia ensinaram os tailandeses a usar o caril (curry) ao cozinhar. No século 16, os portugueses introduziram pimentas e talvez tomates. Hoje, a gastronomia tailandesa é bem diversificada, mas a maioria das refeições inclui uma variedade de pimentas amarelas, verdes e vermelhas com pastas de caril dessas mesmas cores. Essa combinação de caris e pimentas dá à culinária tailandesa os ricos sabores característicos das comidas orientais.

Experimente a culinária da Tailândia

DO REDATOR DE DESPERTAI! NA MALÁSIA
AO PASSEAR por uma rua movimentada em Bangcoc, Tailândia, pode ser que de repente você se sinta atraído por um aroma irresistível. Ao ar livre, bons cozinheiros estão preparando pratos típicos da culinária tailandesa. Depois de sentir os cheiros tentadores e ver as cores atraentes dessa deliciosa comida, você talvez sinta muita vontade de experimentá-la.
O atrativo da cozinha tailandesa está na combinação de ervas, raízes, folhas e sementes, todas cuidadosamente selecionadas. Essas produzem uma mistura de aromas e sabores doces, azedos, salgados, amargos e apimentados, que tornam muito difícil passar por perto sem ao menos provar um pouco. Como a Tailândia chegou a ter uma culinária tão incomum? A resposta está num passado distante.

Plantas Que Modificaram os Cardápios do Mundo

O DESCOBRIMENTO da América revolucionou os hábitos alimentares do mundo. Houve um rápido intercâmbio de produtos agrícolas entre o Velho e o Novo Mundo, e muitas plantas cultivadas pelos incas e pelos astecas acham-se atualmente entre os mais importantes produtos agrícolas do mundo.
Batata. Quando os espanhóis chegaram ao Peru, a batata era a base da economia inca. A batata também crescia bem no hemisfério norte, e, dentro de dois séculos, tornara-se o principal alimento de muitos países europeus. Alguns historiadores até mesmo atribuem a este humilde, porém nutritivo, tubérculo o crescimento populacional que acompanhou a revolução industrial na Europa.
Batata-Doce. Colombo se deparou com batatas-doces em sua primeira viagem. Ele as descreveu como um tanto parecidas a “grandes cenouras”, com o “sabor característico das castanhas”. Atualmente, a batata-doce é o principal alimento para milhões de pessoas de grande parte da Terra.
Milho. O cultivo do milho era tão importante para os astecas que eles o encaravam como símbolo da vida. Atualmente, o milho só perde para o trigo em termos de hectares plantados no mundo.
Tomate. Tanto os astecas como os maias cultivavam o xitomatle (chamado mais tarde de tomatl). No século 16, o tomate era cultivado na Espanha e na Itália, onde o gaspacho, as massas e a pizza tornaram-se alimentos favoritos. Entretanto, outros europeus só ficaram convencidos de suas propriedades nutritivas no século 19.
Chocolate. O chocolate era a bebida favorita do governante asteca Montezuma II. Na época em que Cortés chegou ao México, as sementes de cacau, das quais se extraía o chocolate, eram tidas em tão alto valor, que eram usadas como dinheiro. No século 19, quando o açúcar e o leite foram adicionados para melhorar o sabor, o chocolate tornou-se campeão internacional de vendas, como bebida ou como petisco em forma de tabletes.

domingo, 25 de abril de 2010

Ingredientes do Moo Goo Gai Pan (pedaços de frango com cogumelos):

Para a marinada:

1 1/2 a 2 xícaras de frango

1 1/2 colher de sopa de molho de soja

1 1/2 colher de sopa de vinho

1 colher de chá cheia, de açúcar

2 colheres de sopa de maisena

Também:

2 fatias de gengibre (opcional)

4 xícaras de couve-da-china

1/2 xícara de aipo picado

1 xícara de cogumelos frescos picados, ou 1/2 xícara de cogumelos em lata

1/4 de xícara de castanhas-d‘água

1/4 de xícara de brotos de bambu (opcional)

120 gramas de ervilhas snow

1 dente grande de alho, moído

2 xícaras de caldo de galinha

3/4 duma colher de chá, de sal

1 colher de chá cheia, de açúcar

1 colher de chá de molho de soja

1 colher de chá de óleo de sésamo

2 colheres de chá de vinho ou de sherry

1/4 de xícara de maisena misturada com 1/4 de xícara de água fria

[Nota(s) de rodapé]

Se em sua localidade não houver couve-da-china, o repolho-chinês pode substituí-la. Castanhas-d‘água e brotos de bambu enlatados podem ser encontrados nas prateleiras de seu supermercado ou da mercearia, mas, se não, podem ser omitidos sem que mude o sabor geral desta receita. Ervilhas soltas comuns ou qualquer ervilha em vagem comestível pode ser usada onde não houver ervilhas snow.

Pratos de Frango

Vários pratos deleitosos envolvem o frango desossado, por exemplo o Moo Goo Gai Pan. Este é preparado por se usar um frango inteiro, fresco e cru, ou pedaços do frango, tais como peitos ou coxas. Primeiro, remova a pele, e frite-a lentamente, até que se extraia toda a gordura. A gordura poderá ser usada para fritar, e é apreciada pelos chineses pelo seu sabor, ocupando o segundo lugar, logo depois do óleo de amendoim. Com uma faca afiada, separe a carne dos ossos do frango. Os ossos podem ser usados numa sopa, ou para fazer um caldo no qual se pode cozinhar legumes no estilo oriental. Em seguida, a carne de frango deve ser cortada em pedaços uniformes, do tamanho dos bocados.

Marine os pedaços de frango num molho de soja, vinho, e açúcar. Misture a maisena, e deixe os pedaços em repouso por meia hora. Aqueça a gordura ou óleo numa wok ou numa frigideira, e frite a carne, remexendo-a sempre, e separe os pedaços à medida que eles fiquem cozidos. Retire a carne da panela e reserve.

Ponha mais óleo na frigideira, e aqueça até ela ficar bem quente. Adicione as fatias de gengibre e frite-as durante 30 segundos. Acrescente os legumes todos de uma vez, enquanto a frigideira ainda está quente. Frite brevemente os legumes, mexendo sempre, o que resfriará o óleo o bastante para que o alho moído possa ser acrescentado sem queimar. Frite mexendo sempre, por um minuto. Adicione caldo fervente, cubra e deixe cozer em fogo brando por um minuto mais. Destampe a frigideira e acrescente os próximos cinco ingredientes. Derrame lentamente a mistura de maisena enquanto mexe, e pare assim que alcançar a consistência desejada. Por último, adicione o frango cozido aos legumes, mexendo só o suficiente para reaquecê-lo. Sirva com arroz branco.

Naturalmente, não existe substituto para se experimentar uma receita, caso realmente deseje saber que gosto tem. Não demorará muito e poderá sentir-se confiante o bastante para experimentar fazer outros pratos exóticos.

Assim, experimente cozer legumes à moda chinesa. Isso lhe dará mais um meio de expressar seu amor por sua família. As expressões de apreço deles podem até movê-la a aumentar ainda mais seu repertório culinário!

Alguns Segredos da Cozinha Chinesa

Os ocidentais não raro cozinham seus legumes em água fervente e jogam fora a água. Isto, contudo, é um desperdício, tanto do sabor como dos nutrientes solúveis na água. Os chineses só os fritam em pouco óleo, mexendo constantemente os legumes. Embora wok seja um tradicional utensílio culinário, poderá obter resultados satisfatórios com uma frigideira comum. Os legumes assim preparados retém o sabor e os nutrientes, ao passo que, ao mesmo tempo, dão aos ingredientes só levemente cozidos uma textura macia, crocante, que atrai a muitos. Depois de os alimentos serem fritados e mexidos em fogo alto, adiciona-se um pouquinho d’água ou de caldo (de carne ou de peixe), cobre-se a wok, e deixa-se que cozinhem, por pouco tempo, em fogo brando. O líquido é então engrossado por uma mistura de maisena e água fria para formar uma espécie de molho claro. Desta forma, os temperos aderem a cada pedacinho do alimento, ao ser ingerido.

Como temperar os alimentos é outro segredo chinês. O gengibre, por exemplo, não só acrescenta um gostinho delicioso, mas crê-se que tenha efeitos medicinais. Pode-se adicionar o sabor de gengibre aos alimentos de formas diferentes, dependendo de sua preferência. Se desejar apenas um vestígio sutil dele, aqueça algumas colheres de sopa de óleo numa frigideira e acrescente uma fatia de gengibre. O óleo quente libera o sabor do gengibre. Poderá então remover o gengibre e fritar seus legumes, remexendo-os sempre, no azeite temperado.

Se deseja um sabor mais forte, simplesmente deixe o gengibre ao continuar a cozinhar. Fatias de gengibre podem até mesmo ser deixadas no alimento servido, embora não se vise comê-las. Todavia, um terceiro método é descascar um pedaço de gengibre aproximadamente do tamanho de um cubinho de açúcar. Triture bem o gengibre e acrescente-o ao molho.

Dentes de alho fresco também podem ser adicionados deste modo, mas é preciso ter o cuidado de baixar o fogo, visto que o alho se queima com facilidade.

A cozinha chinesa, porém, não é estritamente vegetariana. Misturas de carne e legumes são os mais populares dos pratos chineses. A carne dá mais sabor aos legumes, ao passo que os legumes servem para ampliar uma pequena quantidade de carne. Mesmo se a redução dos custos não for uma de suas principais preocupações, comer mais legumes e menos carne é uma forma indolor de reduzir o consumo de calorias e de colesterol.

As possibilidades de combinar carne com legumes são enormes: carne de vaca com brócole, bife com pimentões, camarão com ervilhas snow, e frango com legumes variados, para se mencionar apenas algumas.

Cozer legumes — à moda chinesa!

ESTEVE recentemente num supermercado? Então talvez tenha notado — especialmente se morar numa grande área urbana ocidental — que ocorreu uma mudança. Oferecem-se, além dos conhecidos pepinos e cenouras, alguns itens menos conhecidos: couve-da-china, ervilhas snow, castanhas-d’água, brotos de feijão, e gengibre.

Estes são legumes chineses. Embora algumas cozinheiras possam desprezá-los, as mais aventureiras estão comprando woks (panelas metálicas, próprias para frituras), e fazendo experiências em preparar pratos chineses. Com um pouquinho de prática, você também pode oferecer à família alguns pratos verdadeiramente excitantes — e a um preço surpreendentemente baixo! Isto se dá porque a cozinha chinesa faz bom uso dos legumes. Como assim?

Apenas Para os Corajosos

Mas, há alguns pratos mexicanos que são apenas para os corajosos! Gostaria de experimentar um delicioso iguana — sim, iguana — em mole? Tem aspecto melhor no prato, e acredite se quiser, o sabor é convidativo. Que tal umas formigas vermelhas, fritas, em tacos? Os entendidos dizem que são deliciosas, quer com molho vermelho, quer com molho verde. Um prato ainda mais difícil de conseguir é o de ovos de formiga em tacos — o caviar mexicano! Ou por que não experimenta gafanhotos que ficam vermelhos quando fritos numa frigideira? Vêm em todos os tamanhos, mas, para os iniciantes, os menores são os melhores. Estes pratos, porém, são apenas para o paladar mexicano ou para gastrônomos veteranos.

Apenas tocamos de leve no assunto. Teria de tomar tempo para familiarizar-se com a grande variedade de tamales (feitos de milho com recheio de carne, na forma duma espiga de milho e cozidos na palha de milho), mixiotes (carne e ervas cozidas lentamente na folha fina de agave), ceviches (peixe cru e frutos do mar marinados com suco de limão), sopas e o sempre-presente feijão, que vem em todas as cores.

Venha! Sente-se à mesa! Não se preocupe com os pratos picantes. A maior parte do alimento é preparada sem pimenta, e você pode acrescentar molhos picantes a gosto. Até mesmo os mexicanos variam no seu gosto pelas pimentas chili, e há quem nem as toca. Mas aceite nossa hospitalidade mexicana, e experimente a grande variedade de alimentos que se lhe oferece, visto que a variedade dá sabor à vida mexicana!

Um Tentador Antepasto Mexicano

Os principais ingredientes para se fazerem os antepastos mexicanos são as tortillas e uma grande variedade de picantes molhos de pimenta chili. As tortillas ficaram bem conhecidas no mundo inteiro. Usualmente são panquecas finas, flexíveis, de fubá assadas sobre uma comal (chapa quente de ferro). Em geral, os molhos são feitos com pimentões verdes, como jalapeños (de uns 5 cm de comprimento e grossos) ou serranos (menores e mais finos). Estas pimentas picantes são usadas em todo o mundo, visto que são conservadas em vinagre e exportadas.

O molho mais comum é o mais fácil de fazer. Usa-se pimentão verde, tomate vermelho e cebola — tudo cru. Estes são picados fininhos e temperados com sal a gosto. Misturando-se este molho com creme de abacate, obtém-se um delicioso guacamole, que pode ser usado como molho ou consumido como taco (uma tortilla dobrada ou enrolada com recheio). Existe também um molho verde feito com pimentão verde e tomatillos verdes, grelhados e depois postos no liquidificador. Molhos vermelhos são feitos com pimentão vermelho e tomate vermelho grelhados. Alguns molhos são feitos com pura pimenta chili, mas isso depende quão ardido se quer o molho.

A tostada é uma tortilla crocante, frita, em que se coloca uma camada de feijão frito, uma camada de carne de frango, ou de outra, picada, e rodelas de cebola, encimada com um molho. Sopes são quase parecidas a tostadas, mas a tortilla é mais grossa e menor, e não crocante. Tlacoyos são tortillas grossas, recheadas com feijão frito. Em cima delas se colocam rodelas de cebola e um molho. Enchiladas são similares a tacos enrolados, usualmente recheadas com um pouco de carne de frango. São cobertas com mole, daí com queijo ralado na hora e rodelas de cebola. Se quiser, pode acrescentar nata em qualquer destes antepastos.

Todos gostam de quesadillas! O nome deriva do seu principal ingrediente, queso, ou queijo, mas as quesadillas são feitas com uma variedade de ingredientes: toucinho, huitlacoche (um fungo de milho), flores de abóbora, tinga (carne picada, apimentada) e lingüiça de porco, para se mencionarem alguns. Há muitas maneiras de fazê-las, mas as mais saborosas são as preparadas junto com as tortillas. Forma-se a tortilla e põe-se o recheio de queijo num dos lados, e depois dobra-se a tortilla, colocando-a na comal com um pouco de azeite para assar. É virada pelo menos uma vez, para certificar-se de ficar assada nos dois lados. Antes de ser servida, põe-se dentro dela um molho e então, ainda quentinha — é só saborear! Que delícia!

Pimentas Picantes Recheadas

Pimentas picantes recheadas são um prato bastante comum. Este é feito com poblanos, grandes pimentas chili, levemente fritas em gordura bem quente para tirar a pele fina e também para torná-las tenras. Daí se retiram as fibras e as sementes. Prepara-se uma mistura de carne picada e nozes, que é frita junto com temperos e ameixas secas; então as pimentas são recheadas com ela. Essas pimentas são fechadas com palitos. Pode-se também usar queijo como recheio. Então as pimentas são empanadas. São servidas com molho vermelho de tomate. São tão deliciosas, que se precisa ter cuidado de não comer também os palitos!

Há uma pimenta recheada ainda mais sofisticada, chamada chiles em nogada. O recheio é preparado com nozes e diversos tipos de carne picada, tal como de boi, de vitela e de porco. Às vezes, os ingredientes incluem diversas frutas picadas, junto com bisnaga doce, uma planta cactácea. A pimenta chili já recheada é cozida, depois esfriada e coberta com creme de leite e espargida com sementes de romã com polpa.

Mole — Tipicamente Mexicano

A palavra mole deriva de mulli, termo usado no dialeto náuatle dos astecas, que significa “molho”. Mole é uma pasta ou um molho que se põe sobre pedaços de frango e de peru, ou sobre arroz, e que dá sabor de festa à comida, visto que mole normalmente é usado em ocasiões especiais. Patricia Quintana nos conta no seu livro Mexico’s Feasts of Life (Banquetes da Vida do México) que “moles diferem de região em região, de aldeia em aldeia, de cozinheiro em cozinheiro na mesma aldeia”.

Esta pasta é feita com pimenta chili seca, tomate vermelho, cebola, amêndoa, ameixa seca, banana-são-tomé, torrada, cravo, canela e óleo vegetal, com sal e pimenta a gosto. Acrescenta-se chocolate, de modo que a pasta tem sabor entre apimentada e adocicada. Podemos servir-lhe um pouco sobre o seu frango e seu arroz? Vá devagar! Alguns paladares e estômagos levam um tempinho para se acostumar a essa mistura pesada.

A variedade dá sabor à vida mexicana

Do correspondente de Despertai! no México

GOSTARIA de saborear uma típica comida mexicana? Então, por favor, tome lugar à mesa. Veja a variedade de pratos colocados na colorida zarape mexicana usada como toalha de mesa, e sinta o cheiro gostoso da comida!

Naturalmente, quase todo país tem uma grande variedade de comidas, mas, no México, o cardápio de pratos locais é infindável. Temos diversos tipos de moles; todo tipo de molhos apimentados para pôr sobre os alimentos; antepastos mexicanos, tais como tostadas, enchiladas, sopes, quesadillas e tlacoyos. Também há os deliciosos tacos. Há quase tantas espécies de tamales como há estados no México. Existe até mesmo uma grande variedade de pratos preparados com frutos do mar.

Já está com água na boca? Então vamos tentar familiarizá-lo com alguns dos mais conhecidos pratos mexicanos.

sábado, 24 de abril de 2010

“Inspecionamos” a Cozinha

“Gostaria de ver nosso principal utensílio de cozinha?”, perguntou nosso guia cortês.

Quando aceitamos com entusiasmo sua proposta, fomos conduzidos à cozinha onde ele nos mostrou uma panela chinesa (wok). Isto é uma grande frigideira redonda e funda. O fundo é redondo, ao invés de chato. Atrás deste utensílio havia uma torneira giratória que fornecia água para a lavagem da panela chinesa. Debaixo desta havia grandes bicos de gás que, em questão de segundos, podiam aquecê-la ao rubro. Observando a grande quantidade de temperos e de coadores de verduras e legumes ao alcance do cozinheiro-chefe, pude entender como ele combinava diversos pratos para uma refeição em menos de cinco minutos.

“As panelas chinesas, bem como a cozinha chinesa, ganharam tanto interesse nesta geração de pessoas de mentalidade internacional que se pode comprar uma na seção de aparelhos domésticos de quase qualquer loja grande. Mas uma panela de ferro de uso caseiro serve tão bem para cozinhar à moda chinesa”, disse nosso perito.

Tudo isto me alegrou por eu ter ampliado meu gosto pelas comidas. Que delícias culinárias eu vinha perdendo! Havia ainda muitos outros pratos que eu tencionava experimentar. Embora não seja um gastrônomo, talvez nunca mais eu seja indiferente a alimentos desconhecidos. Até mesmo pensei em pedir que minha esposa compre um livro de culinária chinesa!

“Quão bom é que você e sua família possam comer assim todos os dias”, comentei quando estávamos para nos despedir.

Nosso cozinheiro deu um grande sorriso ao replicar: “Comemos assim com freqüência, mas não todos os dias. Hoje, à noite, vamos ter lasanha ao forno, salada mista com molho e pão com alho. Está vendo, às vezes gostamos de variar.”

Agora Aqueles Deliciosos Pastéis de Primavera

“Se desejarmos fazer pastéis de primavera em casa, o que vamos precisar?”, perguntei, visto que havia notado que muitos dos que estavam jantando saboreavam esses antepastos.

“Talvez prefira comprar a massa de pastel numa mercearia oriental ou fábrica de macarrão”, disse nosso perito. “Obtendo essas ‘cascas’ para pastel de primavera, preparadas comercialmente, o trabalho de fazer os pastéis de primavera será reduzido. Do contrário, poderá fazer a massa como para panqueca fina. O recheio pode ser uma combinação de verduras frescas e carne ou camarão pré-cozido, temperado com óleo de gergelim, sal, açúcar, alho e pimenta em pó. A massa é dobrada com o recheio no meio e as extremidades são totalmente seladas passando-se ovo cru. Isto é em seguida frito em bastante óleo até ficar dourado.”

Vamos Fazer Arroz Frito

Gostei do arroz frito, e o cozinheiro não parecia relutante em revelar seus segredos, embora se esquivasse de ser específico quanto às proporções.

“Começa-se com arroz já cozido que esfriou, preferivelmente arroz dormido”, disse ele. “Primeiro, mexa alguns ovos e deixe-os de lado. Daí, frite algumas cebolas picadas em um pouco de óleo, mexendo até ficarem levemente douradas. Adicione alguns pedaços de carne, que pode ser carne de vaca, presunto, carne de porco, de galinha ou camarão. Se houver brotos de feijão disponíveis, tais podem ser adicionados e misturados neste ponto. Então, o arroz cozido é colocado nesta mistura apetitosa e é frito, mexendo-se sempre, até ficar bem misturado e totalmente quente. Acrescenta-se molho de soja a gosto. Isto tempera o arroz e lhe dá uma cor dourada. Adiciona-se um pouco de açúcar — não para adoçar, mas para contrabalançar o sal do molho de soja. Para dar uma cor mais escura ao arroz, a maioria dos restaurantes chineses usa melado, mas este não é um ingrediente necessário. A seguir, os ovos mexidos são colocados na mistura de arroz e, por fim, um pouco de cebolinha picada.”

“É isto algo que a dona-de-casa chinesa costuma preparar?”, perguntei.

“Sim”, replicou nosso anfitrião, “mas, na realidade, isto nunca seria servido a convidados, porque se originou de uma tentativa de combinar resto de arroz com outras sobras. Para os convidados, considera-se apropriado só arroz recém-cozido para acompanhar uma refeição chinesa. Contudo, hoje o arroz frito se tem tornado perfeitamente apresentável e é servido em restaurantes chineses em todo o mundo.”

Uma Aula de Culinária Chinesa

“Na cozinha chinesa”, explicou ele, “a carne é muitas vezes combinada com verduras e legumes. A carne dá sabor às verduras e estas enfeitam a carne. Visto que não se come comida chinesa com garfo e faca, mas com pauzinhos, os pedaços são do tamanho de um bocado.

“É caraterístico também o uso de muito tempero. Para se preparar bife com pimentão, a carne (preferivelmente fraldinha) é picada em pedacinhos compridos e deixada de molho num pouco de vinho com molho de soja e açúcar. Isto é frito, mexendo-se, até ficar mal cozido, sendo então retirado da panela. A seguir, a cebola e os pimentões são fritos, mexendo-se, junto com pedaços de alho recém-picados. Adiciona-se uma pequena quantidade de vinho, junto com um pouco de caldo de carne ou água. Daí, tampa-se e deixa-se refogar por alguns minutos. Adicionam-se açúcar e molho de soja a gosto, e o caldo é engrossado para se fazer um molho por se acrescentar maizena dissolvida em água fria. Finalmente, a carne cozida é colocada de volta na mistura de verduras, daí, mexe-se tudo.

“Na realidade, a pessoa pode preparar muitos pratos de diferentes carnes e hortaliças seguindo o mesmo processo. Outros pratos chineses podem levar raiz de gengibre, óleo de gergelim ou molho de ostra como tempero.”

Nosso anfitrião explicou que, amiúde na preparação de verduras e legumes com carne para pratos chineses, se mantém aproximadamente uniforme o tamanho e a forma dos principais ingredientes. Para gui pan, que significa “filé de frango”, os legumes e verduras são também cortados em fatias. Há pratos chineses em que tudo é cortado em cubos. Por exemplo, isto se dá com o sub gum chow mein. Outro prato, o yuk soong, requer que tudo seja picadinho bem fino. No chow har kew, um prato feito de camarão, as verduras e legumes são em pedaços grandes.

Descobrindo a comida chinesa

UM HOMEM chegado a “carne e batatas”. É o que sempre fui. Encomendava em restaurantes sempre pratos que eu conhecia desde a infância. Certo dia, porém, fui persuadido a comer alimento preparado à moda chinesa e, para minha surpresa, gostei.

O prato que havia escolhido era bife com pimentão. Visto que os ingredientes principais são carne de vaca, pimentões verdes e cebola — alimentos não necessariamente exóticos — a pessoa se pergunta o que o faz ser um prato chinês. Fiz essa mesma pergunta ao cozinheiro amigável que preparava as dezenas de pratos cantonenses alistados no cardápio.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Esteja atento à segurança na Cozinha

Esteja atento à segurança

• De forma séria, mas não dramática, explique os perigos de trabalhar na cozinha, assim como explicaria os perigos do trânsito numa rua movimentada. Dê um bom exemplo.

• As crianças não devem trabalhar na cozinha sem a supervisão de um adulto. Não permita que uma criança use quaisquer utensílios ou aparelhos, especialmente os elétricos, até que ela consiga fazê-lo com segurança.

• Mantenha a cozinha em ordem. Limpe logo os respingos. Não deixe acumular vasilhas e recipientes sujos. Animais de estimação e outras interferências devem ser mantidos fora da cozinha enquanto você está cozinhando.

Proteja os dedos

• Batedeiras, liquidificadores e processadores de alimentos devem ser usados somente com a supervisão de um adulto. Certifique-se de que o aparelho esteja desligado e o fio tirado da tomada antes de a criança colocar uma colher ou qualquer outro objeto no copo ou na tigela do aparelho.

• Mantenha as facas afiadas, visto que uma faca cega requer mais força e assim escorrega com mais facilidade.

• Ao ensinar seu filho a utilizar uma faca, faça com que ele siga os seguintes procedimentos: (1) pegar a faca pelo cabo, (2) encostar a faca no alimento, (3) colocar a outra mão em cima da faca e (4) pressionar para cortar o alimento.

• Use uma tábua de cortar. Para que os legumes não escapem enquanto seu filho está tentando cortá-los, corte-os primeiro pelo meio e coloque o lado cortado contra a tábua.

Cuidado para não se queimar

• Sempre desligue o fogão e o forno quando não os estiver usando. Mantenha os panos de prato, os livros de receitas e os pegadores de panela longe dos queimadores.

• Coloque as panelas no fogão com o cabo virado para dentro, para que não haja perigo de resvalar neles e entornar o conteúdo.

• Se deixar seu filho cozinhar num fogão, certifique-se de que ele fique em pé sobre uma banqueta forte e firme.

• Não pegue nada quente a menos que já tenha um lugar reservado para colocá-lo. Quando estiver carregando algo quente, diga isso a outros, especialmente a quem estiver andando na sua frente.

O prazer de cozinhar

Onde os pais podem arrumar tempo para ensinar os filhos a fazer coisas na cozinha? Certa mãe sugere programar um horário em que haja o mínimo de interrupções. Se você tem vários filhos, talvez queira ensinar um filho por vez. Para isso, escolha uma hora em que os outros filhos estejam tirando uma soneca ou estejam na escola. Planeje gastar mais tempo do que se estivesse cozinhando só. E prepare-se para o prazer de ter um ajudante na cozinha!

Na primeira aula, deixe seu filho escolher algo que ele gosta de comer. Procure uma receita simples e rápida. Certifique-se de que inclua etapas que ele consiga fazer. Para que seu filho não fique inquieto ou entediado, faça com que ele arrume os ingredientes e utensílios de antemão. Você pode até preparar parcialmente alguns ingredientes para que a aula não seja muito comprida e aborrecedora.

Leia toda a receita com seu filho, mostrando-lhe como realizar cada etapa. Reserve um espaço para ele na cozinha: talvez uma gaveta com algumas tigelas e uns utensílios, e providencie um avental para ele. Em vez de colocar um avental feminino em um garoto, você poderia arrumar um avental de mestre-cuca. Logo de início, saliente a importância da segurança e estabeleça as precauções a serem tomadas na cozinha. — Veja o quadro “Lição número um: segurança”, na página 18.

Acima de tudo, torne a aula um prazer. Não faça de seu filho um observador passivo; faça com que ele lave as mãos e mantenha-as ocupadas na preparação da comida. Deixe que ele experimente fazer coisas novas e que faça perguntas. E se um prato não sair lá aquelas coisas, não se preocupe. Se foi o seu filho quem fez, ele provavelmente vai comer.

A cozinha como “sala de aula”

Louise Smith, conhecida por seus alunos de quatro anos como a Lady Gingerbread, comentou o seguinte, com base nos seus 17 anos de experiência em ensinar arte culinária a crianças pequenas: “O alimento é um grande instrumento de ensino, porque é algo que toda criança entende bem. Os sentidos do olfato, paladar e tato são tão aguçados na infância que as crianças ficam totalmente envolvidas. E, através dos alimentos, você pode ensinar fonética, matemática e a habilidade de resolver problemas.” Servir café ou chá ou outra bebida, moer, descascar, peneirar, misturar e esticar massa ajudam as crianças a desenvolver habilidade manual e coordenação motora. Ao escolher o arroz ou o feijão (formando dois montinhos), seqüenciar (arrumar os medidores em ordem de tamanho), a criança pode aprender noções básicas de matemática. Quando segue uma receita, a criança trabalha com números, medidas, cronometragem, lógica e linguagem. E ninguém pode se aventurar no mundo complexo e cheio de perigos da cozinha sem aprender algo sobre segurança, responsabilidade, organização pessoal e trabalho em equipe.

Não se deve desperceber o valor de aprender a cozinhar. Muitas vezes acontece que crianças que começam ajudando na cozinha já sabem preparar uma refeição completa quando chegam à adolescência. Que mãe ocupada não apreciaria isto de vez em quando? Ademais, cozinhar ajuda os jovens a desenvolver confiança e autonomia: qualidades que poderão ser úteis quando mais tarde assumirem as responsabilidades da vida adulta, quer se casem quer permaneçam solteiros. — Note 1 Timóteo 6:6.

Lee, que só se casou depois dos 30, lembra-se: “Minha mãe começou a me ensinar a fazer as coisas básicas na cozinha quando eu tinha uns 6 anos de idade. No começo, eu estava mais interessado em fazer biscoitos, bolos e doces. Mas por volta dos 9 anos, já sabia planejar e preparar uma refeição completa para a família, e fazia isso regularmente. Mais tarde, já adulto mas solteiro, vi que saber fazer as coisas em casa, inclusive cozinhar, facilitava a minha vida. E posso dizer com certeza que isso até contribui para a felicidade no casamento.”

Os prazeres e as lições da cozinha

“FIQUE longe da cozinha!” Muitas crianças famintas já ouviram isso ao tentarem dar uma provadinha no almoço. Mas, em vez de mantê-las longe, os pais têm boas razões para convidar as crianças a vir para a cozinha. Por quê? Porque a cozinha é, na realidade, uma fascinante sala de aula.

A cozinha dá às crianças oportunidade de desenvolver a criatividade e a habilidade de resolver problemas, de aprender a fazer coisas pelos outros e de trabalhar em equipe. É também na cozinha que de repente surgem conversas que tocam o coração, e valores profundos podem ser instilados de modo informal. Realmente, nos abarrotados armários, gavetas e prateleiras de toda cozinha escondem-se muitas lições valiosas — prontas para serem reveladas com a preparação da próxima refeição.

Nesta era de tecnologia e informações, por que usar a cozinha como lugar para ensinar as crianças? A explicação é o fator tempo. Muitos pais reconhecem que simplesmente não existe nada que substitua o tempo que se passa com os filhos: quanto mais, melhor! O problema é saber onde arrumá-lo. Há educadores que incentivam os pais a encarar as tarefas domésticas como uma oportunidade de fazer coisas com os filhos e ensiná-los. Isso está em harmonia com um mandamento de Deus aos pais na antiga nação de Israel: “Estas palavras que hoje te ordeno têm de estar sobre o teu coração; e tens de inculcá-las a teu filho, e tens de falar delas sentado na tua casa e andando pela estrada, e ao deitar-te e ao levantar-te.” — Deuteronômio 6:6, 7.

Pela simples razão de termos de passar tempo na cozinha regularmente, parece óbvio que ela seja um lugar onde os membros da família fazem coisas juntos. E, diferente de passeios especiais, que com freqüência precisam esperar até que tenhamos tempo, energia e dinheiro, apetites saudáveis não esperam. Além disso, as crianças se sentem naturalmente atraídas à cozinha. Afinal, onde mais elas podem aprender a usar a faca com cuidado e a manejar outros utensílios domésticos? Crianças que se divertem podem, ocasionalmente, fazer uma bagunça. No entanto, que lições podem ser aprendidas na cozinha?

Cuidados ao preparar aves

“Aves cruas podem conter organismos potencialmente perigosos, como a bactéria salmonela, de modo que é preciso ter cuidado na preparação. Sempre lave as mãos, a tábua de carne, a faca e a tesoura para aves com água quente e sabão antes e depois de lidar com carne de aves. É bom usar uma tábua de carne que possa ser lavada a altas temperaturas . . . e, se possível, ter uma tábua exclusiva para a preparação de aves cruas. Antes de cozinhar frango congelado, descongele-o totalmente.” — The Cook’s Kitchen Bible (A Bíblia do Cozinheiro).

Alimento para países em desenvolvimento

É claro que nem todos os países têm avicultura tão desenvolvida. Isso é significativo, em vista do relatório duma força-tarefa do Conselho de Ciência e Tecnologia Agrícola, dos EUA, que disse: “Prevê-se que a população mundial atinja 7,7 bilhões de pessoas em 2020 . . . Mas a maior parte (95%) desse crescimento demográfico deve ocorrer em países em desenvolvimento.” Essa declaração parece ainda mais tenebrosa se levarmos em conta que, mesmo hoje, uns 800 milhões de pessoas sofrem de desnutrição.

Para muitos especialistas, porém, a galinha poderá se tornar um recurso valioso, alimentando essas populações famintas e transformando-se em fonte de renda muito necessária para os agricultores. O problema é que é muito difícil para os trabalhadores rurais pobres criar essas aves em larga escala. Um dos motivos é que, em países mais pobres, em geral criam-se frangos principalmente em pequenas propriedades rurais ou nos quintais. E nesses países, é raro os frangos serem colocados em viveiros. Durante o dia, as aves ficam soltas para ciscar e voltam para casa à noite, onde se empoleiram em árvores ou em galinheiros.

Não admira que muitas aves criadas assim morram, algumas por causa da mortífera doença de Newcastle e outras como vítimas de predadores (animais e humanos). Muitos criadores não têm nem o conhecimento nem os meios de alimentar as galinhas adequadamente, de providenciar instalações apropriadas ou de protegê-las contra doenças. Por isso, estabeleceram-se programas educativos para os trabalhadores rurais de países em desenvolvimento. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, por exemplo, iniciou recentemente um projeto de cinco anos cujo objetivo é “ajudar os pobres das zonas rurais africanas a expandir a criação de aves domésticas”.

Teremos de esperar para ver qual será o resultado dessas iniciativas bem-intencionadas. Assim, os habitantes de países mais ricos fariam bem em pensar nisso: algo tão comum como um pedaço de frango pode ser um luxo para a maioria dos habitantes da Terra. É provável que, para estes, a idéia de ‘frango em cada panela’ ainda pareça apenas um sonho distante.

Uma fonte de carne

Pode-se encontrar a carne dessa ave doméstica no cardápio de praticamente qualquer hotel, restaurante ou lanchonete. De fato, em todo o mundo existem muitas lanchonetes de fast food especializadas em carne de galinha. Em alguns lugares ela ainda é o prato preferido para ocasiões especiais. Existem modos deliciosos de prepará-la em países como a Índia. Entre esses pratos de dar água na boca estão o lal murgi (galinha com pimenta-malagueta), o kurgi murgi (frango desfiado) e o adrak murgi (galinha com gengibre no vapor).

Por que ela é tão popular? Uma das razões é que poucos alimentos combinam tão bem com tantos temperos diferentes. Como prefere comê-la? Frita, assada, grelhada, cozida ou ensopada? Em praticamente qualquer livro de receitas, encontram-se dezenas de pratos deliciosos à base de frango.

Devido à produção em larga escala, em muitos países a carne de galinha é relativamente barata. É também uma das preferidas dos nutricionistas porque contém proteínas, vitaminas e minerais vitais para o corpo humano. Além do mais, ela tem poucas calorias, gorduras saturadas e outras gorduras.

Experimente! São flores de abobrinha!

DO REDATOR DE DESPERTAI! NO MÉXICO

QUANDO a aboboreira está em flor, a horta mais parece um jardim. A flor amarela e delicada, de formato elegante e simples, não perfuma o ar, mas dá água na boca. Mas comer flores? É isso mesmo. E segundo a revista Cuadernos de Nutrición, pode-se dizer que o México é o país com o maior número de receitas com flores.

Há séculos que as flores de abobrinha e de abóbora são apreciadas nesse país. Entre as muitas variedades, a flor da abobrinha é provavelmente a mais usada como alimento. Mas é bom colher apenas as flores masculinas se quisermos depois comer as abobrinhas ou abóboras também. Basta olhar para o caule. Se notar uma mini-abobrinha nele é porque a flor é feminina. Deixe-a crescer.

A flor de abobrinha é de sabor suave e combina bem com uma variedade de pratos. Costumamos refogar alho, cebola e talvez umas pimentas-malaguetas. Depois de temperar e antes de o alho dourar, acrescentamos as flores lavadas e picadas sem o caule. Tampamos a panela e deixamos cozinhar em fogo baixo por alguns minutos. Abobrinhas cortadas em cubinhos, milho verde, um pouco de manteiga e ervas aromáticas podem ser acrescentados às flores. Colocamos essa mistura em uma tortilha crua e a dobramos. Depois a tortilha vai na chapa. Está pronta uma deliciosa quesadilla de flor de abobrinha.

Além de saborosa, essa quesadilla é nutritiva. Na flor de abobrinha há pequenas quantidades de proteína, cálcio, ferro, tiamina, niacina, ácido ascórbico e retinol.

Usamos também essa flor para preparar uma sopa deliciosa. É feita do modo descrito acima, depois acrescentamos um caldo e servimos a sopa quente. Para ficar mais apetitosa colocamos queijo e tiras de tortilha fritas por cima!

Muitos outros pratos podem ser preparados com essa flor versátil. Crie um prato com flor de abobrinha! Você vai se deliciar!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Desenterrando o seu jantar

Do correspondente de “Despertai” em Terra Nova, Canadá

SEJA como for que chame as batatas, “spuds”, “taters”, “praties”, na língua inglesa, ou “maçãs da terra” em francês, as batatas são deveras um alimento popular. Duvida disso? Ora, nos últimos dez anos, cerca de 2.800 milhões de toneladas delas foram desenterradas da boa terra.

Sem comparação, a maior parte desta enorme colheita foi plantada e colhida pela maquinaria moderna, mas não resta dúvida de que boa parte foi cultivada por cidadãos humildes em suas próprias hortas pequenas. As famílias que têm exercido o hábito de cultivar suas próprias batatas têm sido recompensadas com uma boa reserva de alimento saudável a baixo preço, ao passo que também usufruem as satisfações de um projeto familiar — projeto este em que tanto os adultos como os jovens podem participar.

Já teve o prazer de revolver com um forcado a terra macia da horta para descobrir tubérculos limpos e redondos ainda ligados à planta? Quando era criança, será que sua mãe lhe pediu que fosse apanhar um balde de batatas para o jantar? Foi uma tarefa agradável. Lá se ia você para a horta, passando pelas traves do portão improvisado, sentindo a terra fria sob seus pés descalços. O forcado estava provavelmente onde o deixara da última vez, enterrado no solo. Metia o forcado bem para trás da área das raízes da planta e movia com cuidado os dentes do forcado no fundo na terra solta e então o erguia. Lá se vinham rolando as “maçãs da terra”. Depois de fazer isso algumas vezes mais, dispunha logo do suficiente para a refeição do dia.

Não subestime a cenoura

A CENOURA é uma dádiva do Criador que muitos subestimam. Nos EUA, as cenouras situam-se em nono lugar entre as vinte e oito plantas de importância comercial; e, dentre as mais conhecidas, apenas o espinafre é menos popular. A respeito desta humilde raiz, certo livro de receitas estadunidense diz, em chiste: “Talvez não ondulem seu cabelo mas ajudarão a proteger sua saúde.

O dicionário define a cenoura como “planta da família da salsa, que tem uma raiz longa, afilada, laranja-avermelhada ou vermelho-amarelada que é comida como legume”. Mas, não é usada apenas como legume. As cenouras moídas e torradas, há muito são usadas como substituto do café na Alemanha, e como adoçante na cozinha, através da Europa.

As donas de casa sabias não subestimarão a cenoura, mesmo que não houvesse outra razão além de ela prover saudável variedade de pratos. As cenouras se acham entre os legumes que têm bom sabor, tanto crus como cozidos.

Quanto a servi-las cruas: Use filetes de cenoura em lugar ou em adição às saladas verdes para o almoço, ou quando da uma festa. Servem tão bem quanto os talos de aipo, e alguns apreciam mais as cenouras. Se tiver uma centrífuga para legumes sem dúvida já conhece o prazer e o benefício derivados de tomar suco de cenoura. (Se não tiver uma centrífuga, pode-se comprar tal suco enlatado.) Beba-o puro, misture-o com outros sucos, tais como suco de uva, ou use-o para dar sabor ao suco de aipo.

As cenouras, em rodelas finas, dão mais cor e sabor a qualquer salada mista. Cenoura crua raspada, junto com passas ou tâmaras e molho, constituem ideal salada. Daí, então, raspas de cenoura com igual quantidade de abacaxi moído, misturadas com limão ou gelatina de lima, constituem deliciosa massa para frutas.

Como se cozinham as cenouras? Sem dúvida, um dos motivos pelos quais são subestimadas por muitos é que as donas de casa amiúde não são cuidadosas em prepará-las, cometendo o erro de cozinhá-las demais em água e então jogar fora a água. Limpe as cenouras com uma escova dura — não raspe nem retire as cascas — e então cozinhe-as em pouquíssima água e um pouco de manteiga e sal. Cenouras cozidas desta forma são mais deliciosas e também mais nutritivas. Para aumentar seu sabor, sirva-as com cebolinhas ou cebolas bem picadinhas. Ou ponha creme de leite nelas — se não estiver cuidando de suas calorias.

Natural é que as cenouras sejam boas para ensopados, de carne de carneiro com batatas, cebolas, etc., como o suflê de queijo ou de espinafre, pode-se fazer também suflê de cenoura, usando uma xícara de cenouras peneiradas em lugar do queijo ou do espinafre. Alguns apreciam o bolo de cenoura, a torta de cenoura, a sopa de cenoura, ou o creme de cenoura. Consulte qualquer bom livro de receitas para conhecer outros modos de servir cenouras.

Não se deve desperceber as folhas verdes da cenoura. Onde for possível conseguir obtê-las frescas e tenras, use-as para obter a vitamina R que contêm, bem como para enfeitar as saladas, enfeites estes que são lindos e comestíveis.

Tem-se dito que o “alimento é seu melhor remédio”, e, neste respeito, as cenouras não constituem excessão. Os antigos gregos e romanos usavam cenouras como remédios, e não como legumes. Seu valor em suprir a vitamina A é bem conhecido. Efetivamente, uma cenoura mediana lhe fornecerá toda essa vitamina que precisa para um dia. E por que se precisa de vitamina A? Primariamente para se fortalecer a visão, mas também para evitar infecções na garganta e nas vias urinárias. As cenouras contêm significativas quantidades de vitaminas B2 e C, bem como ferro, fósforo, cloro e cálcio. Para quem cuida de seu peso é confortador saber que uma cenoura mediana só tem vinte e uma calorias.

Verificou-se que a cenoura é valiosa quando se trata de combater a diarréia, em especial nos bebês. Uma das melhores coisas a tomar para tal doença é purê de cenoura ou cenouras peneiradas. (Como alimento para bebês, pode ser comprada enlatada.) Relatórios sobre o valor desta forma de tratamento têm sido publicados em vários países. Certo médico relatou que tratou com êxito 600 casos de enterite infantil com purê de cenoura. As cenouras, como remédio para tal condição, não causam nenhum dos efeitos colaterais que tantos remédios provocam.

A humilde cenoura é uma das dádivas do Criador que as donas de casa e suas famílias deviam apreciar mais. Cenouras preparadas de vários modos podem servir para não só dar maior variedade, e nutrição para suas refeições, mas também para dar prazer adicional — se preparadas de modo sábio e engenhoso.

O surpreendente chucrute

O JANTAR é especial. No centro da mesa há um grande abacaxi que foi esvaziado no centro e enchido de pedaços de abacaxi e de algo branco. Coco ralado? Não, chucrute! Surpreso? Não, se morasse na Alemanha ou na Polônia.

As cozinheiras alemãs não só servem chucrute do modo tradicional, como acompanhamento de pratos de carne (especialmente lingüiças ou carne de porco), mas usam-no em combinação com outros alimentos, tais como misturando-o com uvas para um “prato colateral picante”. Há receitas polonesas para chucrute com vinho, com cogumelos secos ou com picles. Há também sopas e saladas de “chucrute”. Sim, o chucrute é popular.

Popular em muitos lugares, sim, mas é nutritivo? Considere apenas um incidente em sua longa história. Sabia que o chucrute era vital para se acabar com a uma vez temida “doença dos marujos”, o escorbuto? O escorbuto é uma doença causada pela deficiência de vitamina C “que habitualmente dizimava as tripulações de navios em longas viagens”, por não obterem legumes frescos. Em fins de 1700, o capitão inglês, James Cook, descobriu que o chucrute, junto com outros legumes e frutas, tanto impediam como curavam tal doença. Começou uma de suas viagens com um suprimento de uns 3.570 quilos de chucrute!

Assim, também, hoje, devido a seu conteúdo vitamínico e mineral, o chucrute “cru”, isto é, não cozido, é recomendado pelos nutricionistas. Por exemplo, o Dr. Linus Pauling observa: “O chucrute contém boa dose de vitamina C.”

Em vista disso, alguns talvez perguntem: “Como se faz o chucrute? Poderia ser feito em casa?” Sim, e a fórmula básica é muito simples. Fundamentalmente, se a pessoa tiver acesso a um repolho fresco, poderia fazer seu próprio chucrute. Até mesmo um vaso de uns vinte litros durará bastante tempo para uma família de quatro pessoas (dependendo dos apetites, por certo).

Uma cozinheira alemã explica a receita básica para chucrute “cru” num pote de vinte litros: “Precisará de um vaso de vidro, de porcelana, de madeira ou de barro mas, não use um de metal. Se tiver um aparelho para cortar legumes em tiras, ótimo, mas, se não tiver, corte cada repolho ao meio e então corte as folhas em tiras, fazendo cortes de pouco mais de 3 milímetros de largura. No fundo de seu vaso, coloque uma camada de repolho em tiras e então, usando um pilão de algum tipo (algo para comprimir o repolho, mas não com pontas cortantes), aperte-o com firmeza até que tenha uma camada de cerca de 10 centímetros. Poderá introduzir no vaso uma régua ou vareta marcada a cada 10 centímetros para saber quando tem a quantidade certa para uma camada.

“Agora, salpique uma colher de sopa de sal por cima dessa camada. Comece a comprimir outra camada de 10 centímetros e então salpique a parte de cima desta nova camada com sal. Continue a fazer isto até que o pote esteja quase cheio.

“Coloque quatro folhas inteiras de repolho por cima da última camada salgada, então coloque um pedaço de madeira em cima (um pedaço de madeira menor que a boca do pote, de modo que a tábua repouse direto sobre o repolho). Coloque uma pedra pesada em cima da madeira. Para um pote de vinte litros, seria bom uma pedra de uns quatro quilos e meio ou mais pesada. Quando estiver fermentando, talvez deseje conservá-lo num lugar quente, mas, uma vez se transforme em chucrute, conserve-o num lugar fresco, talvez no seu porão.

“E agora, para a parte mais difícil, tenha paciência! Levam cerca de seis semanas para o repolho se transformar e tornar-se chucrute. No fim deste período, remova as folhas de repolho de cima, e também raspe os resíduos de cima. Daí, remova o primeiro centímetro e meio, mais ou menos (será mais escuro do que o resto do chucrute) e embaixo dele terá suficiente chucrute bom para muitas refeições.

Há muitas receitas para se fazer chucrute “cru” que mostram sua surpreendente versatilidade. “Além de adicionar sal a cada camada, poderá adicionar sementes de cariz, uma mistura de frutinhas de zimbro, sementes de mostarda e cebolas, folhas de parreira ou maçãs picadas. Até mesmo se pode usar alho, mas esparsamente.

Surpreendentemente simples de fazer, surpreendentemente versátil em seus usos, surpreendentemente saudável — o chucrute talvez seja um alimento que queira considerar para sua família.