quinta-feira, 22 de abril de 2010

Surströmming: uma iguaria fétida

DO CORRESPONDENTE DE DESPERTAI! NA SUÉCIA

No século 16, houve uma guerra entre a Suécia e a cidade alemã de Lübeck. Visto que essa cidade controlava o mar, as importações ficaram difíceis e o sal ficou escasso. Havia cada vez menos sal para conservar o arenque, um alimento básico no norte da Suécia. Para economizar, alguém colocou bem menos sal no peixe do que o necessário para conservá-lo e ele começou a cheirar mal. A conclusão óbvia seria que estava podre.

EM CIRCUNSTÂNCIAS normais o teriam jogado fora, mas a fome não dava muita escolha às pessoas, de modo que o comeram assim mesmo. Para a surpresa de todos, não tinha gosto de podre; alguns até acharam muito gostoso o sabor ligeiramente azedo. O peixe não estava podre e sim fermentado. Os boatos sobre esse novo prato se espalharam e visto que, mesmo em tempos de paz, o sal era caro, a fermentação tornou-se um método popular de conservar o arenque entre os pobres do norte da Suécia, onde era difícil conseguir alimentos frescos.

Segundo a lenda, foi assim que surgiu um prato nacional. Desde então os suecos apreciam esse prato típico tão peculiar. Nem todos acreditam nessa lenda. Segundo alguns estudiosos, muito antes do século 16 usava-se a fermentação para conservar peixe na Suécia e em outras partes do Hemisfério Norte.

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