sábado, 10 de julho de 2010

RECEITA DE BLINI DE TRIGO-SARRACENO

Ingredientes

1 xícara de farinha de trigo-sarraceno

1 xícara de farinha de trigo

2 colheres (sopa) de fermento seco

3 colheres (sopa) de manteiga derretida

2 ovos

3 xícaras de leite (aproximadamente)

2 colheres (sopa) de açúcar

1 pitada de sal

Preparo: Misture a farinha de trigo-sarraceno com uma xícara de leite. Aqueça outra xícara de leite e adicione à massa, misturando bem. Deixe a massa esfriar; acrescente e misture o fermento seco. Espere a massa crescer até que dobre de tamanho.

Bata a massa com uma colher de pau, adicionando o sal e o açúcar. Separe as gemas das claras e adicione as gemas, a manteiga derretida e a farinha de trigo à massa, misturando bem. Bata separadamente as claras e as adicione à massa junto com o leite restante, conforme necessário. Deixe a massa crescer novamente.

Pincele uma frigideira com um pouco de óleo ou manteiga e a aqueça. Derrame apenas a quantidade suficiente de massa para cobrir o fundo da frigideira, quanto mais fina a camada melhor. Frite em fogo baixo até que o fundo fique dourado, vire o blini e asse por mais uns 15 segundos. Coloque em um prato e o mantenha aquecido enquanto frita o resto da massa. Bom apetite!

Blini russo — mais do que uma simples panqueca

Do redator de Despertai! na Rússia

Os franceses têm o crêpe, os escoceses têm o bannock e os americanos, o flapjack. Então não é de admirar que os russos também tenham sua própria versão da panqueca — o blini, que há muito faz parte da sua alimentação.

Os eslavos antigos usavam o blini como oferenda em seus rituais pagãos, e o encaravam como um símbolo apropriado do Sol, redondo, quente e dourado. Mulheres que tinham dado à luz alimentavam-se de blini. E ele também era servido em casamentos e funerais. Assim, acompanhava a vida das pessoas do berço ao túmulo.

Hoje em dia, os russos geralmente fazem o blini com farinha de trigo, mas outras farinhas também podem ser usadas. A massa em geral é preparada com leite, água ou uma mistura de ambos; mas também pode ser feita com nata, leitelho, quefir, iogurte ou qualquer outro derivado do leite. Fritar o blini é visto como uma arte, porque ele tem de ser o mais fino possível — tarefa nada fácil!

Diz-se que fazer o recheio é como uma ciência. Ele pode ser recheado com geléia caseira de framboesa, morango, amora-preta, cranberry, groselha preta ou vermelha. Ou pode ser recheado com anchova, arenque, salmão, sardinha, espadilha, cogumelos, carne picada ou queijo fresco — servidos separados ou juntos. Mas o recheio clássico russo é caviar preto ou vermelho. Lembre-se de que o blini é mais saboroso quando servido quente!

Como preparar dois pratos típicos gaúchos

CHURRASCO

2 quilos de carne de boi, 2 1⁄4 xícaras de sal grosso

Ponha a carne no espeto e espalhe sal grosso nela. Coloque a carne sobre o fogo. Mantenha o lado da gordura para baixo até que doure e então vire. Certifique-se de que a carne tenha um pouco de gordura, pois à medida que derrete, ela penetra na carne, deixando-a mais saborosa e macia. Faça o mesmo com carne de porco, aves ou carneiro. — Essa receita dá para quatro pessoas.

ARROZ CARRETEIRO COM CHARQUE (CARNE-SECA)

Meio quilo de charque, 1 3⁄4 xícara de cebola picada, 1⁄4 de xícara de óleo, 2 1⁄2 xícaras de água, 2 1⁄2 xícaras de arroz, 2 dentes de alho picado

Lave o charque e deixe de molho por aproximadamente oito horas. Troque a água várias vezes durante esse período. Corte o charque em pedaços pequenos, refogue-o numa panela com óleo, alho e cebola. Acrescente o arroz e mexa bem. Acrescente água. Quando levantar fervura, reduza o fogo e deixe cozinhar em fogo lento, mexendo de vez em quando para que cozinhe por igual. Quando o arroz estiver pronto, afofe-o com um garfo e sirva com feijão mexido. — Essa receita dá para quatro pessoas.

Mais do que churrasco e mate

Não espere encontrar muitos gaúchos vegetarianos por aqui! O principal prato gaúcho é com certeza o churrasco de carneiro ou de boi. Desde o início, essa foi a principal fonte de alimento nos pampas, onde os animais pastavam. A menos que você seja vegetariano ou esteja com o nível de colesterol muito alto, desejará experimentar o tradicional espeto corrido, ou rodízio, uma variedade de carnes servidas em seqüência num restaurante ou churrascaria gaúcha. Talvez queira experimentar também o café colonial, onde você pode se servir à vontade de comidas, sobremesas e bebidas especiais como vinho, chá e café. Com certeza, a bebida preferida é o chimarrão, ou mate, um chá de folhas moídas de erva-mate. Apesar de ser amargo, é provável que veja um gaúcho tomando chimarrão durante o dia todo, mas em especial após as refeições.

Pode ser que não goste do sabor amargo do chimarrão. Mas sem dúvida apreciará o ambiente tranqüilo e amigável de um churrasco com chimarrão em companhia de pessoas agradáveis.

domingo, 4 de julho de 2010

Um Alimento Ideal e Versátil

Quando os espanhóis iniciaram a exploração das Américas, eles descobriram uma porção de alimentos que logo se tornaram favoritos nas mesas de todo o mundo — milho, cacau, tomates, abacaxis, amendoins e batatas. Mas pouca atenção deram à quinoa. Embora crescesse em todos os Andes, os espanhóis a desprezaram como o alimento dos campônios. Em resultado disso, a maioria das pessoas não ficou a par desta planta surpreendente, senão nos anos recentes.

Sim, em terras bem afastadas do deserto boliviano, as pessoas começam a apreciar o valor da quinoa. “É o mais novo grão da cidade”, declarou o San Francisco Chronicle. “Já sendo considerado um alimento básico nos restaurantes da moda em Nova Iorque, a quinoa é agora um sucesso do cardápio em ambas as costas.”

Qual o motivo de toda esta excitação? Os nutricionistas descobriram que a quinoa possui uma taxa baixa de açúcar e de amido, e é rica em fibras e em óleos não-saturados. Contém muitos sais minerais e vitaminas essenciais. Mas a principal atração, no que tange aos nutricionistas, são as proteínas contidas na quinoa — 50 por cento mais do que as existentes no trigo, na aveia, na cevada ou no arroz, e são de superior qualidade. A quinoa contém o equilíbrio ideal dos aminoácidos de que necessitamos, inclusive um importante, chamado lisina, que é normalmente escasso nas proteínas vegetais e só é abundante na carne, no peixe e nos ovos. É por isso que alguns especialistas chamam a quinoa de alimento ideal.

Outra notável característica da quinoa é sua versatilidade. A quinoa tem um sabor ímpar e parecido ao das nozes. Pode-se usá-la como um cereal para o desjejum. Pode-se servi-la fria, junto com a salada, ou quente, com pratos de carne, ou ainda em doces, como sobremesa. Os andinos, em especial, descobriram vários modos de comer a quinoa.

“Jamais viajo sem a quinoa”, diz um ex-ministro viajante das Testemunhas de Jeová nos Andes. “Tenho de viajar com pouca bagagem, uma vez que, como todo o mundo, viajo de bicicleta. Sempre levo comigo um pacote de farinha torrada de quinoa. Misturada com água, fornece um nutritivo lanche.”

Rosa, uma boliviana que cresceu num povoado do altiplano, lembra ainda outros usos das sementes de quinoa. “Mamãe costumava fazer pão e biscoitos de quinoa, com a farinha que ela moía com uma pedra, e, muitas vezes, ela servia apenas quinoa cozida junto com um ovo.” Mais tarde, Rosa mudou-se para a cidade e trabalhou durante anos como cozinheira duma família abastada. Ela lhes apresentou um prato novo que se tornou a delícia deles: a sopa de quinoa! “Picam-se algumas cebolas, cenouras, favas, e abóbora”, explica ela, “e então se cozinha tudo com farinha integral fresca e lavada de quinoa, no caldo de carne, até que os grãos de quinoa estourem. Pode-se acrescentar o sal a gosto, depois de cozida”.

Qual é o prato favorito de quinoa entre os próprios filhos de Rosa? “Tortillas!”, berra um garotinho. “Ah, é verdade”, responde Rosa, “são fáceis de preparar. Você simplesmente cozinha os grãos lavados de quinoa como normalmente cozinharia o arroz, mas sem sal. Mexa então a quinoa com uma colher, até se tornar pastosa. Acrescente, sempre mexendo, um ovo, um pouco de leite, e um pouco de farinha de trigo. Poderá então acrescentar uma pitada de sal e uma pitada de canela. Daí, frite a mistura como fritaria panquecas, uma colher de sopa de cada vez — uma delícia!”

Alimento Que Cresce no Deserto

A quinoa é uma planta herbácea, folhosa, que atinge até 2 metros de altura e produz uma abundância de sementes — sementes que servem como alimento nutritivo. Trata-se duma planta surpreendentemente robusta, que viceja até mesmo no clima rigoroso do altiplano sul-americano.

Uma senhora boliviana chamada Felicidad, por exemplo, cultiva terras rochosas demais para serem aradas. Todavia, ela consegue plantar a quinoa simplesmente por cavar buracos no solo, com um instrumento tipo lança, e então joga a semente. Em questão de meses, e com um mínimo de cuidados, a quinoa amadurece. O deserto então viceja de cores flamejantes — amarelo, púrpura, verde e vermelho. Existem cerca de 17 espécies de quinoa, e, não raro, um certo número de variedades crescem juntas.

Quando chega a época da colheita, as plantas são arrancadas com raiz e tudo, secadas ao sol e debulhadas manualmente. Daí, manifesta-se outra propriedade surpreendente da quinoa. Ela pode ser estocada durante anos sem estragar-se. A quinoa prova ser um verdadeiro tesouro nas longas estações secas. É, assim, fácil ver por que é o alimento básico do povo desta parte da Bolívia. Mas que interesse teria nele o restante do mundo?