terça-feira, 17 de agosto de 2010

Bem apropriada para especiarias

Embora se cultivem especiarias em todo o globo, a Índia produz mais do que qualquer outro país — mais de 60 tipos. E exporta especiarias e produtos à base de especiarias, inteiras ou em pó, para mais de 160 países. O sul da Índia lidera na produção nacional de especiarias. Muitas vezes chamada de “Veneza do Oriente” por causa de sua beleza e abundantes vias navegáveis, Cochim, no mar Arábico, dá acesso direto às especiarias que há muito vicejam no clima exuberante e tropical ao longo da costa de Malabar.

O porto de Cochim serve de mercado internacional de comércio desde a antiguidade para os fenícios, egípcios, persas, chineses, romanos, gregos e árabes. Vale notar que o livro bíblico de Revelação (Apocalipse) menciona “os comerciantes viajantes da terra” cujo comércio incluía “toda sorte de objeto . . . de mármore . . . também canela, e especiaria indiana”. — Revelação 18:11-13.

A pimenta-do-reino, ilustre como “rainha das especiarias”, foi o primeiro produto procurado pelos mercadores. Além de ser tempero para alimentos, era também um importante conservante de carnes e outros alimentos perecíveis. Acrescentando-se especiarias, alimentos que de outra forma se estragariam e se perderiam podiam ser preservados por um ano ou mais sem refrigeração. Além da pimenta, mercadores posteriores queriam outras especiarias — cardamomo, coentro, funcho e feno-grego, para mencionar algumas.

No entanto, nem toda especiaria cultivada na Índia originou-se aqui. A pimenta vermelha, por exemplo, foi introduzida da América do Sul. O Dr. C. V. Raman, prêmio Nobel indiano de física, disse certa vez que ‘todos os alimentos são insípidos e intragáveis sem pimentas’. Muitos que foram criados com uma alimentação diferente talvez discordem. Mas, felizmente, a despensa da Terra foi bem abastecida com uma grande variedade fornecida pelo Criador amoroso, para satisfazer preferências fortemente contrastantes.

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