sábado, 22 de maio de 2010

Ervas — um deleite “redescoberto”

Do correspondente de “Despertai!” na Nova Zelândia

A ANFITRIÃ saiu de sua diminuta cozinha e foi ao peitoril da janela. Ali, enquanto os convidados observavam, ela pegou várias folhas duma planta que ali crescia. Estas, segundo explicou, entrariam no molho do espaguete que saboreariam mais tarde, naquela noite. Logo os convidados examinavam mais de perto a sua “planta doméstica”. Era uma erva — o manjericão.

Ao passo que nem sempre cultivam as suas, em muitos países as pessoas assumem novo interesse pelas ervas. Mas, por que se dá tal “redescoberta”? Não têm sido usadas as ervas já por séculos?

Na verdade, os chineses e outros povos jamais deixaram de usar ervas. No entanto, duas tendências recentes, segundo se crê, aumentaram a demanda em favor de seu cultivo.

Primeiro, a gastronomia se torna cada vez mais popular e as ervas se acham, usualmente, entre os ingredientes dos pratos mais saborosos. Em segundo lugar, o interesse foi reativado pelas curas “populares” ou “caseiras”. Amiúde tais curas utilizam remédios compostos de ervas. Alguns argumentam que as ervas, de ação mais lenta, são mais “naturais” do que as potentes drogas da medicina moderna e que, assim, são mais seguras.

Na realidade, ao passo que tais “receitas médicas” remontam a séculos e amiúde são cercadas pela superstição, muitas plantas deveras contêm poderosas substâncias químicas. A casca do salgueiro contém o mesmo ácido que a aspirina, e a dedaleira produz a digitalina. Ainda assim, as pretensões de que muitos chás e cataplasmas de ervas fazem bem à saúde são amplamente debatidas, enfrentando o ceticismo nos círculos médicos.

Por outro lado, há quase que acordo unânime quando se trata de usar ervas na cozinha. Trazem novo sabor deleitoso a muitas receitas. Daí, há dois meios de se obter ervas — quer cultivando-as e armazenando as suas, quer comprando-as. Vamos considerar o enfoque da autoprodução.

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